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SAÚDE
Da redação
18/09/2015 07:38
Atualizado
14/12/2018 00:54

Prefeito subornou vereador para evitar cassação, diz Procurador

O prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota (PSD) é acusado pelo MPRN por tentar surbonar um funcionário da Câmara e mais dois vereadores para que retirassem denúncias contra ele
Blog Riachuelo em Ação

O prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota Medeiros (PSD), alvo de uma operação do Ministério Público do RN deflagrada nesta sexta-feira (18), foi afastado pela Justiça acusado de, entre outros crimes, subornar um funcionário da Câmara Municipal e dois vereadores para retirada da denúncia que pedia a sua cassação.

De acordo com o procurador-geral de justiça, Rinaldo Reis, o prefeito subornou com R$10 mil, o vereador Luiz Carlos Bidu, para atuar no cancelamento de denúncias contra ele, documentos, que pediam, inclusive, a cassação do mesmo.

“O funcionário da Câmara, identificado como Luiz Carlos Bidu [que foi subornado] recebeu os R$10 mil para retirar da Câmara denúncia de irregularidades feitas contra o prefeito, e entregou ao Ministério Público. O dinheiro foi entregue na sexta da semana (11) e logo que chegou ao MP foi levado ao Tribunal de Justiça, ou seja, o dinheiro logo foi bloqueado. [...] Colocamos o cidadão para fingir que concordava com o prefeito, utilizando também equipamentos disponíveis, por isso, ele [o prefeito] é acusado de falsidade documental, suborno e corrupção ativa”, esclarece, Rinaldo.

De acordo com o procurador-geral de justiça, “dois vereadores da casa também foram subornados com R$35 mil cada, e com uma secretaria cada um, uma de Educação e a outra de Saúde, e ainda os cargos comissionados”. "Ainda há outras denúncias que vamos apurar", finaliza Rinaldo.

Segundo Rinaldo, não está comprovado se os vereadores receberam o dinheiro, mas isso já configura o crime de suborno.

Segundo informações, em julho, a maioria dos parlamentares acolheu um pedido de abertura de afastamento após denúncia apontando várias irregularidades na gestão, incluindo compra de combustível ao próprio sogro; e alimentação, sem que tenha havido a entrega e recebimento e não aplicação de R$ 37 milhões em royalties, entre outras.

O prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota é acusado também de falsidade ideológica, concussão, corrupção ativa e peculato. Ele foi afastado do cargo por decisão judicial.

De acordo com a decisão judicial, Bruno não pode ausentar-se da Comarca, assim como de se comunicar com as testemunhas envolvidas no caos. Bruno Medeiros está proibido de entrar na sede da Prefeitura de Ielmo Marinho ou qualquer órgão ou secretaria municipal.

A Operação Resistência investiga também a prática de retaliação contra servidores e oferta de benefício a vereadores para obter apoio político na Câmara. Uma das condutas estaria relacionada à entrega de dinheiro para testemunha.

A Operação foi operação desencadeada nesta sexta-feira pela Procuradoria- Geral de Justiça com participação do CAOP Patrimônio Público e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e com apoio da Polícia Militar resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete do prefeito de Ielmo Marinho e no escritório oculto da mesma Prefeitura localizado em Natal.

Durante a entrevista, foi apresentado vídeo no qual o prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota Medeiros, foi filmado repassando R$ 10 mil ao vereador Luís Carlos Bidú, como suborno para dizer que estava sendo pressionado por vereadores. O chefe do Executivo municipal exigiu declaração e a gravação de um vídeo para repassar a quantia.

O PGJ explicou que, no curso da investigação, foi apurado a conduta do prefeito com objetivo de frustrar processo na Câmara de Vereadores que poderia resultar na cassação do chefe do Executivo Municipal.

Entre elas, está a entrega de dinheiro para testemunha, prática de retaliação contra servidores e oferta de benefício a vereadores para conseguir apoio político. Na Câmara Municipal prossegue investigação que apura despesas com locação de veículos, uso irregular de royalties, compra de gênero alimentícios, entre outros.

O coordenador Jurídico Judicial, Afonso de Ligório, se mostrou surpreso com o resultado do cumprimento dos mandados de busca e apreensão da Operação. “Em 18 anos de Ministério Público nunca vi nada igual”, declarou.

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