De repente tudo mudou. A forma de nos relacionarmos, a maneira como trabalhamos, estudamos, o jeito como aproveitávamos o tempo livre. O mundo parou diante de um vírus e a incerteza ficou palpável. A única certeza é que precisamos nos adaptar a essa nova realidade e cuidar do corpo e da mente se tornou ainda mais necessário.
A saúde mental dos brasileiros ficou abalada diante do inevitável isolamento social. Estima-se que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados.
Entretanto, é importante destacar que nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser qualificados como doenças.
De acordo com a psicóloga do Hapvida, Drª Luanna Gomes, uma das ações que podem ser executadas para tratar frustrações é “reconhecer e acolher seus receios e medos, procurando pessoas de confiança para conversar ou reenquadrar os planos e estratégias de vida, de forma a seguir produzindo planos de forma adaptada às condições associadas à pandemia”.
Já para quem mora sozinho, a recomendação da psicóloga é “manter ativa a rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas; Investir e estimular ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertença social (como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário)”.
Nesse período de isolamento social a ansiedade pode se agravar. É importante se manter ocupado, investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo (meditação, leitura, exercícios de respiração, entre outros mecanismos que auxiliem a situar o pensamento no momento presente), bem como estimular a retomada de experiências e habilidades usadas em tempos difíceis do passado para gerenciar emoções durante a epidemia.