19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
NACIONAL
04/06/2020 09:10
Atualizado
04/06/2020 09:40

Senador consegue aprovar emendas que protegem mulheres vítimas de violência

Propostas pelo senador Jean Paul Prates, duas emendas foram incluídas no Projeto de Lei que tornam essenciais os serviços de combate e prevenção à violência doméstica. Uma das emendas prevê que o recebimento de denúncias relacionadas ao tema seja comunicada no prazo máximo de 24h. “É fundamental que o atendimento às denúncias de violências recebidas apresente respostas imediatas”, disse o senador.
FOTO: REPRODUÇÃO

O Senado aprovou nesta quarta-feira (3) duas emendas de iniciativa do senador Jean Paul Prates (PT-RN) ao Projeto de Lei nº 1291/2020, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e da bancada feminina, que tornam essenciais os serviços de combate e prevenção à violência doméstica.

O projeto foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares. A primeira emenda, acatada no relatório da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), garante que o recebimento de denúncias de violência pela Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Ligue 180 e pelo serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual – Disque 100 devem ser repassadas no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas para os órgãos competentes.

De acordo com o Jean Paul, a situação de emergência sanitária vivida em razão da pandemia do coronavírus tem colocado as mulheres, crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade.

Ele lembrou que o isolamento social, necessário para desacelerar a disseminação do novo coronavírus, não interrompeu a pandemia do feminicídio, da violência doméstica e da violência familiar.

“Lamentavelmente, o inverso aconteceu. O crescimento no número de feminicídios durante a pandemia reflete o agravamento da violência de gênero no Brasil. Realidade de agressões também vivenciada por crianças, adolescentes e idosos vítimas de violência doméstica”, afirmou.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os registros de casos de feminicídio no país aumentaram 22%, comparando os meses de março e abril com o mesmo período de 2019.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, o crescimento da violência doméstica entre os dias 12 de março e 18 de maio de 2020, comparando com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do OBVIO (Observatório da Violência Letal e Intencional do RN), foi ainda maior: 260%.

“Esses dados reforçam a urgência da adoção de medidas para proteger a vida das mulheres vítimas da violência doméstica, agravada nesse período de quarentena imposta pela COVID-19”, disse. “É fundamental que o atendimento às denúncias de violências recebidas apresente respostas imediatas”, completou.

A outra emenda acolhida amplia por 60 dias, após o encerramento da vigência do decreto legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, as medidas de acolhimento emergencial às vítimas da violência, alcançando o período pós-pandemia.

Como houve alteração no texto pelos senadores, a proposta retorna para análise da Câmara dos Deputados para que sejam avaliadas as contribuições dos Senadores. Em seguida, se aprovada, a matéria será encaminhada para sanção presidencial.


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