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EDUCAÇÃO
03/08/2020 15:08
Atualizado
03/08/2020 15:17

Estudantes dizem que a maior dificuldade das aulas remotas é não ter ajuda em casa

Uma pesquisa online realizada pela Undime/RN mostrou que uma proporção bastante elevada dos responsáveis pelo domicílio (pais e responsáveis) têm uma escolaridade baixa, o que traz implicações para a capacidade de apoio que essas pessoas podem dar aos alunos durante o estudo remoto. A pesquisa foi voltada para os 167 municípios potiguares
FOTO: REPRODUÇÃO

A União dos Dirigentes Municipais de Educação do Rio Grande do Norte (Undime/RN) realizou pesquisa online destinada aos Dirigentes Municipais de Educação, Gestores Escolares, Professores, Servidores da Educação e Estudantes da Rede Municipal dos 167 municípios potiguares.

O objetivo da pesquisa, realizada de 06 a 15 de julho, foi sistematizar em dados a realidade da comunidade escolar para a elaboração de um diagnóstico mais fidedigno possível sobre a Rede Municipal de ensino neste período de pandemia, bem como subsidiar as equipes para elaboração de plano das retomadas das aulas presenciais.

Ao todo, a pesquisa contou com a participação de 53.879 Alunos das Escolas Municipais do RN, que correspondem a 13% do total de alunos matriculados (levando em conta as matrículas do Censo Escolar de 2018).

Segundo a Undime, ainda que haja uma defasagem entre o Censo Escolar de 2018 e o ano atual (2020), é razoável assumir que o número de matrículas tem alta correlação com o universo atual.

Os alunos destacam que sentem falta da escola; em primeiro lugar, sentem falta dos amigos e em segundo, dos professores. Claramente, um reconhecimento dos alunos sobre a importância da escola em suas vidas.

Cerca de 90% dos respondentes tem um celular que seria possível para estudar; Já a existência de equipamentos como computador, notebook ou tablet é bastante baixa.

Destaque para alunos, ainda que poucos, que não tem nenhum acesso à internet ou mesmo um celular. Nestes casos, os canais de comunicação restringem-se à televisão e rádio.

Uma proporção bastante elevada dos responsáveis pelo domicílio (pais e responsáveis) têm uma escolaridade baixa, o que traz implicações para a capacidade de apoio que essas pessoas podem dar aos alunos durante o estudo remoto.

O tipo de dificuldade mais frequente para não conseguir acompanhar as aulas remotas ou online são, em ordem decrescente, de menções: 1 - “Não tem ninguém que me ajude com as atividades” e 2 - “Não tenho acesso à internet”.

Mais da metade dos alunos responderam que suas famílias recebem o benefício do Programa Bolsa Família e quase a metade também informa que receberam o auxílio emergencial da Covid-19.

A vasta maioria (mais de 80%) dos alunos responderam que estão em isolamento social em casa e que raramente saem.

Cerca de 44% dos alunos respondentes afirmam que sua internet é geralmente boa e estável. Outros 49% informam que é instável ou cai várias vezes, além de cerca de 3% que não tem nenhum acesso à Internet.

Cerca de 40% dos respondentes dizem estar recebendo a merenda escolar com frequência regular, enquanto 34% relatam não receber regularmente. Outros 15% informam que não estão recebendo e que precisam receber.

A PESQUISA

A pesquisa contou com a colaboração da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) na fase de elaboração dos questionários, que corresponde ao período de suspensão das atividades presenciais e aulas remotas, e do apoio técnico dos/as professores e estudantes do Departamento de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para realização da análise e tabulação dos dados.

A Undime também realizado a pesquisa entre Gestores das Secretarias Municipais de Educação, Gestores Escolares e Servidores da Educação.


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