28 MAR 2024 | ATUALIZADO 10:18
ESTADO
CEZAR ALVES
11/08/2020 16:15
Atualizado
11/08/2020 18:39

Especialista defende fortalecimento do ciclo completo de enfrentamento à violência

O professor e analista criminal Ivenio Hermes defende atuação de estado para fortalecer as polícias no enfrentamento dos indicadores que impulsionam a violência e, assim, reduzir os índices assustadores que ainda persistem no Brasil, com média de mais ou menos 60 Condutas Violentas Letais e Intencionais.
Especialista defende fortalecimento do ciclo completo de enfrentamento à violência. O professor e analista criminal Ivenio Hermes defende atuação de estado para fortalecer as polícias no enfrentamento dos indicadores que impulsionam a violência e, assim, reduzir os índices assustadores que ainda persistem no Brasil, com média de mais ou menos 60 Condutas Violentas Letais e Intencionais.
FOTO: REPRODUÇÃO

O professor e analista criminal Ivenio Hermes defende atuação de estado para fortalecer as polícias no enfrentamento dos indicadores que impulsionam a violência e, assim, reduzir os índices assustadores que ainda persistem no Brasil, com média de mais ou menos 60 Condutas Violentas Letais e Intencionais.

Ivenio Hermes concedeu entrevista ao MOSSORÓ HOJE neste domingo (9), através das redes sociais. Na ocasião, ele revelou sua origem, sua formação, seu trabalho na Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a escolha do Rio Grande do Norte para viver, considerado por ele um “lugar fantástico”.

Em território Potiguar, Ivenio Hermes disse que viu que podia contribuir com o trabalho de estudos sobre a violência, mas que primeiro era preciso saber o que de fato estava acontecendo e para isso nada melhor do que estudar o quadro no RN.

O Observatório da Violência do Rio Grande do Norte nasceu dessa premissa, em parcerias com a UFERSA, Ministério Público do Rio Grande do Norte e próprio Governo do Estado, se tornando hoje Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência – OBVIO, uma referência em metodologia e análises precisas para se entender o quadro da violência e o que é necessário para o enfrentamento dessa violência.

Segundo Ivenio Hermes, é preciso que o Estado (município, estado e união) trabalhe o ciclo social completo, começando pela família, educação e oportunidade de trabalho e formação profissional do profissional de segurança pública. “Precisamos formar o cidadão para viver em sociedade em paz”, destaca.

Destacou que sim é preciso, de imediato, fortalecer mais o trabalho da Polícia Militar, que tem apenas 40% do contingente necessário. O mesmo com relação a Polícia Civil, que tem menos de 30% do efetivo que os quase 3,5 milhões de habitantes do RN precisam.

Outro ponto importante, considerado pelo professor especialista, é valorizar não só o salário do servidor da segurança pública, mas também reconhecer os feitos e combater os desvios de conduta. “São seres humanos, são pais de família, precisam serem motivados”, destaca.

Ivenio Hermes analisa que realmente a Justiça demora a julgar os processos e isto termina por motivar ocorrências de vingança. Casos para exemplificar esta colocação do pesquisador, não faltam, sendo um dos mais graves ocorridos há poucos dias em Mossoró.

Na ocasião, a Justiça mandou soltar 32 suspeitos de crimes de assaltos, homicídios, tráfico de drogas e até latrocínios, por falta de uma denúncia do MP no processo. No caso, o MP explicou que não fez a denúncia, porque a Justiça não definiu qual Vara que o processo iria tramitar.

Dos 32 suspeitos, 16 ganharam as ruas.

Por fim, Ivenio Hermes reconhece que houve avanço no sistema prisional do Rio Grande do Norte a partir de 2017, quando aconteceu o confronto sangrento de Alcaçuz, mas que isto não é o suficiente para atender os anseios de Justiça da Sociedade e recuperar os internos do sistema prisional.

“É preciso que se coloca em prática políticas públicas que leve uma formação profissional aos presos, abra oportunidades para quando este sair da prisão não volte a praticar crimes. É um trabalho complexo e resultados demorados, mas que é necessário ser feito”, conclui.

Para assistir a entrevista completa clique AQUI.



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