28 FEV 2025 | ATUALIZADO 14:27
POLÍCIA
DA REDAÇÃO E COM INFORMAÇÕES DO PASSANDO NA HORA E G1 MINAS
09/10/2020 17:10
Atualizado
09/10/2020 17:17

PF transfere ex-diretores de penitenciárias de Minas Gerais, presos ontem (8), para Mossoró

Reginaldo Soares, ex-diretor da Penitenciária José Maria Alkmin e Rodrigo Clemente Malaquias, ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria, chegaram à Mossoró por volta das 14h15 desta sexta-feira (9), no Avião da PF. Também foi transferido para o Presídio Federal da cidade, Delano Augusto Alves de Oliveira, ex-assessor de inteligência de Reginaldo; Os três foram presos em uma operação que investiga um esquema de corrupção para beneficiar presos por meio do pagamento de propina a servidores e advogados.
FOTO: JOSÉ NILSON/PASSANDO NA HORA

O avião da Polícia Federal pousou por volta das 14h15 desta sexta-feira (9), no Aeroporto Dix-sept Rosado, em Mossoró, trazendo três presos para o Presídio Federal, localizado às margens da RN 015, estrada de Baraúna.

O vôo teve origem no Estado de Minas Gerais. Três presos passaram pelo protocolo de entrega na sala do Aeroporto.

Foram trazidos para a cidade:

- Reginaldo Soares, ex-diretor da Penitenciária José Maria Alkmin e ex-superintendente de segurança prisional;

- Rodrigo Clemente Malaquias, ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria;

- Delano Augusto Alves de Oliveira, ex-assessor de inteligência de Reginaldo.

De acordo com a Polícia Federal (PF), as transferências foram pedidas por causa dos cargos que eles ocupavam e pela facilidade que tinham para corromper o sistema penitenciário mineiro.

Os três foram presos nesta quinta-feira (8) em uma operação que investiga um esquema de corrupção para beneficiar presos por meio do pagamento de propina a servidores e advogados. Outra 26 pessoas também foram presas na Operação Alegria, deflagrada pela Polícia Federal.

Após serem entregues aos agentes penitenciários, em Mossoró, os presos foram embarcado na Van que faz escolta penal até presídio, com forte esquema de segurança.

OPERAÇÃO ALEGRIA

De acordo com as investigações integradas entre as polícias Civil e Penal de Minas Gerais e o Departamento Penal Federal, presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades após pagamento, que era dividido entre os líderes da organização criminosa.

Com o pagamento da propina, segundo a investigação, os detentos eram colocados em alas ou pavilhões com benefícios, como trabalho, a que não teriam direito pelas normas da execução penal. Os servidores públicos e advogados atuavam na negociação para a entrada de objetos ilícitos.

A organização criminosa atuava há 1 ano e meio e, segundo o delegado da Polícia Federal, Alexsander Castro, só um servidor lucrou cerca de R$ 2 milhões neste período.

Os investigadores conseguiram identificar crimes praticados pela organização criminosa, principalmente em duas unidades prisionais na Região Metropolitana de Belo Horizonte - o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, e a Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves.

O nome da operação é "Alegria", em alusão à forma cômica como os integrantes da organização se referem à Nelson Hungria.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário