26 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:24
SAÚDE
11/10/2020 15:52
Atualizado
11/10/2020 21:14

[VÍDEOS] Confira detalhes da cirurgia realizada por Maurício Saito em Mossoró

Procedimento foi acompanhado por obstetras e estudantes de medicina de Mossoró; Todo o trabalho foi gravado em vídeo, com depoimentos do médico Maurício Saito (FOTO), obstetras de Mossoró e da paciente Letiane Miranda Félix, que você pode conferir nesta reportagem exclusiva do PORTAL MOSSORO HOJE.
Procedimento foi acompanhado por obstetras e estudantes de medicina de Mossoró; Todo o trabalho foi gravado em vídeo, com depoimentos do médico Maurício Saito (FOTO), obstetras de Mossoró e da paciente Letiane Miranda Félix, que você pode conferir nesta reportagem exclusiva do PORTAL MOSSORO HOJE.
Cezar Alves

O sonho de ser mãe da professora Letiane Miranda Félix, de 28 anos, residente no Alto do Rodrigues, se tornou realidade em 2019, após um procedimento cirúrgico no útero, realizado com sucesso por Rômulo Cruz, em Natal/RN.

Entretanto, a felicidade de Letiane logo se transformou em apreensão e preocupação, não só dela, mas da família também. Grávida de gêmeos, Os primeiros ultrassons já mostravam que havia algo errado, mas não se sabia o tamanho da gravidade.

Sabia apenas que um beber tinha batimento no coração e o outro, menor, não. A jovem professora foi encaminhada para receber os cuidados do ginecologista Alexandre Arruda, em Mossoró-RN.

O diagnóstico foi concretizado. Havia um bebê saudável e outro não havia se formado completamente. Existia só o tronco e suas veias erram irrigadas pelo coração do bebê saudável. Tratava-se de um caso raro de “sequência trap”.

Para estes casos, segundo o médico Alexandre Arruda, as chances da gravidez prosperar até 39 ou 40 semanas, com o nascimento saudável do beber, eram de menos de 20%. A angustia de Letiane aumentou, porém com fé em Deus.

Para evitar que o bebê saudável morresse, seria preciso uma cirurgia realizada a laser, para separar o feto que não se desenvolveu do outro que estava formado e saudável. Precisava cortar as veias do cordão umbilical que liga um ao outro.

Este tipo de cirurgia começou a ser realizada, em nível mundial, há cerca de 4 ou 5 anos. Antes, não havia qualquer possibilidade de tratamento. Geralmente se perdia a gravidez ou um  dos bebês nascia com sequelas.

No Brasil, apenas um médico reúne habilidades, conhecimento e equipamento adequado para fazer a cirurgia intrauterina, com laser, e salvar o bebê saudável de Letiane Miranda:  Maurício Saito, do Hospital Samaritano, em São Paulo. 

Letiane conseguiu contato com Maurício Saito, através de outro médico, dr. Pedro Pires, em Recife-PE, o qual ela procurou para confirmar os diagnósticos que já tinha em mãos, realizados pelos médicos de Mossoró e Natal.

Saito aceitou o caso, que exigia máxima urgência. A continuar com a gravidez, o risco de o bebê saudável não suportar até o final da gestação passava de 80%. Teria que fazer o procedimento rápido.

Inicialmente o diálogo foi para fazer a cirurgia em João Pessoa, capital da Paraíba, mas Maurício Saito conseguiu contato com Isabelle Albuquerque (Isabelle comentou o caso), também especialista em medicina fetal em Mossoró, que por sua vez conversou com a diretora geral do Hospital Maternidade Almeida Castro, Larizza Queiroz, que acertou os detalhes da cirurgia para que acontecesse o mais próximo possível da casa da paciente.

A cirurgia foi realizada no final da manhã deste sábado, dia 10. O procedimento durou pouco mais de uma 1 hora. A equipe de comunicação da maternidade recebeu autorização para gravar todo o procedimento cirúrgico tanto do médico, como da paciente Letiane Miranda.

Antes da cirurgia, Maurício Saito reuniu médicos e estudantes de medicina de Mossoró e concedeu uma palestra, explicando os principais casos desta natureza e qual deles se aplica a técnica do laser para resolver. O "sequência  de trap" é um deles.

Confira palestra e os bastidores da cirurgia.


Em seguida, todos foram para o Centro Cirúrgico que havia sido preparado especialmente para este procedimento, no Hospital Maternidade Almeida Castro, com apoio da equipe do Via Hospitalar.

Como não se tratava de uma cirurgia invasiva e, sim, relativamente simples, porém que requer muita habilidade do médico e um equipamento que produz um laser preciso e na potência adequada, o acesso foi permitido.

Confira a cirurgia


Durante a cirurgia, Maurício Saito conversou com os colegas que o acompanhava. Explicou cada passo. A ideia dele é compartilhar o conhecimento e permitir, que no futuro, este tipo de procedimento seja realizado por profissionais daqui mesmo, de Mossoró.

Confira a conclusão da cirurgia, aplausos e a fala de Maurício Saito e dos obstetras Alexandre Arruda e Isabelle Cantídio, que também é professora da Faculdade de Medicina da UERN.


Um dia após o procedimento, conversamos com a paciente, a professora Letiane Miranda Félix, de 28 anos, que estava muito bem. Já havia recebido alta e estava apenas aguardando o veículo para voltar para casa. 

Letiane disse que o sentimento é de gratidão eterna com todos que se envolveram direta e indiretamente para salvar a vida do seu bebê. Ela contou, em detalhes, todo o caminho que está percorrendo para ser mãe. Um sonho.

Sobre os médicos, ela disse que são anjos enviados por Deus para cuidar dela. Sobre o parto, revelou que será com o obstetra Alexandre Arruda, no início do próximo ano, no Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró.

O nome do bebê será João Henri

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