O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Popular de Mossoró votou e decidiu, nesta terça-feira (10) pela condenação de Iranildo de Sousa Soares Filho, de 21 anos, pelos homicídios de Caio Marcelo Dantas Duarte, de 19 anos, e Júlio Cezar Souza da Silva, de 26 anos.
O duplo homicídio ocorreu às 14h do dia 13 de junho de 2019, no Alto de São Manoel, em Mossoró. As vítimas estavam trabalhando na construção de um casa quando foram mortas. O principal alvo seria Caio. Júlio Cezar foi morto apenas porque testemunhou o crime.
Iranildo também foi considerado culpado pelo crime de corrupção de menores, por ter facilitado a participação de dois adolescentes no crime.
Após a decisão do corpo de jurados, o presidente do TJP, Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, decidiu por fixar a pena em 12 anos por cada homicídio, além de 1 anos e 4 meses por cada um dos menores corrompido, acumulando uma pena total de 26 anos de 8 meses de reclusão. A pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
O julgamento começou às 9h, com o sorteio do corpo de jurados. O Ministério Público do Rio Grande do Norte foi representado pelo Promotor Público Ítalo Moreira Martins.
Com base nos autos do processo, a promotoria pediu a condenação de Iranilson, pelos crimes de corrupção de menores e por duplo homicídio qualificado, por motivo fútil, realizado por meio de emboscada e sem chances de defesa das vítimas. Havia também uma testemunha que reconheceu Iranilson como autor do crime.
A defesa alegou inocência, mas com base nas provas o Júri decidiu pela condenação do réu, conforme a acusação apresentada pelo MPRN.
O CRIME
No dia 13 de junho de 2019, o réu Iranildo de Sousa Soares Filho, de 21 anos, conhecido por “Coringa”, acompanhado de dois adolescentes, mataram com disparos de arma de fogo Caio Marcelo Dantas Duarte, de 19 anos, e Júlio Cezar Souza da Silva, de 26 anos.
O crime aconteceu por volta das 14h, na Rua Pedro Ciarlini, no Alto de São Manoel, em Mossoró.
De acordo com as investigações, as vítimas trabalhavam na construção de uma casa no momento do crime. Iranildo teria se aproximado, juntamente com os dois menores, e iniciado uma conversa, sem que as vítimas percebessem os planos do acusado.
Em dado momento, o réu iniciou os disparos contra dos dois e, em seguida, os adolescente também os alvejaram.
Júlio Cezar morreu no local. Caio ainda chegou a ser socorrido para o Hospital Regional Tarcísio Maia, mas também não resistiu aos ferimentos.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPRN), feita pelo Promotor de Ítalo Moreira Martins, o alvo do crime era Caio Marcelo e Júlio Cezar teria sido morto para não servir de testemunha.
Após ser apreendido, um dos adolescente prestou depoimento onde afirmou que o crime teria sido cometido devido a uma disputa de facções, porque eles suspeitavam que Caio Marcelo tinha um primo integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) que a vítima passava para ele informações sobre integrantes do Sindicato do RN, facção da qual fazia parte os autores do crime.