Mais um estudo chega à conclusão de que a falta de vitamina D está associada à forma mais grave do novo coronavírus.
E, ainda que se trate apenas de uma associação – e não de uma correlação direta e determinante –, o fato é que, até que uma vacina seja aprovada, essa descoberta pode ajudar na prevenção e tratamento da doença.
Até agora, já são duas pesquisas realizadas, uma no Brasil e outra na Espanha, que apontam nesta direção. Publicada na revista Clinical Nutrition, da Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo (Espen), a mais recente, feita no Brasil, avaliou 176 idosos com idade média de 72 anos.
Com ela, se constatou que 94% dos pacientes com sintomas mais graves da Covid-19 apresentavam baixo nível de vitamina D.
O outro estudo, realizado anteriormente na Espanha, e publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, apontou que 80% dos avaliados também estavam com deficiência de vitamina D.
Mais do que isso: dos pacientes hospitalizados, os que tinham baixos índices de vitamina D permaneciam mais tempo nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Fontes de vitamina D
Ainda que sejam necessários mais estudos para apontar uma relação de causa e efeito entre a vitamina D e o novo coronavírus, o fato é que esse nutriente é vital para o organismo humano.
Ativada no corpo através da exposição da pele ao sol, a vitamina D é, na verdade, um hormônio. No entanto, ela também pode ser adquirida por meio de uma alimentação natural e balanceada.
Além disso, um médico pode prescrever a suplementação em casos graves de deficiência, o que é mais frequente em pacientes com doenças graves, idosos e gestantes.
Entretanto, como o excesso dessa vitamina também pode ser prejudicial à saúde, o mais indicado é investir nos banhos de sol, de pelo menos 15 minutos diários, e nos alimentos ricos em vitamina D.
Função vital
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a vitamina D é a grande responsável pela manutenção da massa óssea.
É esse nutriente que regula a quantidade de cálcio e fósforo no organismo. Quando há a deficiência da vitamina D, é maior o risco de quedas e fraturas, por conta da fraqueza muscular.
Mas, além de atuar na saúde dos ossos, o nutriente também é responsável por regular o crescimento do corpo, fortalecer o sistema imunológico e cardiovascular, os músculos e o metabolismo.
Por isso, a deficiência da vitamina D costuma estar relacionada ao desenvolvimento de doenças autoimunes, como diabetes, esclerose múltipla, lúpus e artrite reumatoide.