18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
ANNA PAULA BRITO
25/11/2020 12:52
Atualizado
25/11/2020 12:53

Enquanto era arrastada de casa, Geane gritava: “o que foi que eu fiz?”

O Promotor Público Ítalo Moreira Martins, do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, falou que o crime contra a vida da menina Geane de Melo Nogueira é ainda mais chocante, não apenas pelo fato de se tratar de uma vingança, mas pode ter atingido uma pessoa totalmente inocente na história; O Júri popular de quatro dos acusados pelo crime está acontecendo hoje (25), no Fórum de Mossoró.
FOTO: ANNA PAULA BRITO

Quatro acusados pelo rapto, tortura e homicídio da menina Geane de Melo Nogueira, de 12 anos, estão sendo julgados pelo Conselho de Setença do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Mossoró, nesta quarta-feira (25).

Os acusados são: Fábio David da Silva Aquino, de 20 anos, Maria Luisa de Moura Diogenes, de 29 anos, Leticia Vital Ramos, de 21 anos, e Danilo Souza de Lucena, de 22 anos.

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O Promotor Público Ítalo Moreira Martins, do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, concedeu entrevista antes do julgamento e explicou que vai lutar pela condenação do acusado, com penas altas.

Dr. Ítalo disse que está claro que se tratou de um crime de vingança, que foi iniciado com a morte do menino Anthony Calleb, de 1 ano e 7 meses.

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“Vingança atingindo quem não tem nada a ver com o caso. Ainda que se fosse com quem tivesse a ver, nós não podemos aqui tolerar vingança e a gente sempre trabalha aqui condenações, mesmo sem termos de vingança. Mas nesse caso, é algo assim, cruel, é algo covarde, é algo inaceitável, porque pegaram uma que, por sinal, na época, nem em Mossoró ela morava, ela morava em Macaíba, ela tava passando uns dias em Mossoró com a avó dela. Então o motivo que ela morreu: era irmã dos acusados da morte de outra criança”, explicou.

Ao ser raptada, Geane chegou a ser arrastada pela rua e golpeada com socos, chutes e coronhadas. O promotor ainda contou que, de forma chocante, testemunhas narraram que quando enquanto a menina era arrastada, ela gritava: “O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz?”.

“Mas como eu disse, nos tribunais das facções criminosas, eles não levam em consideração a defesa de ninguém”, exclamou o promotor.

Outro fato chocante do caso é que uma das acusadas tem seis filhos e que uma das filhas tem a idade aproximada a de Geane, quando foi morta.

“Ela só diz que não executou, mas ela confessa que antes agredia essa menina com socos. Então chama a atenção uma mãe fazer esse tipo de agressão com uma menina que não tinha nada a ver com o homicídio do Calleb”, conclui.

O julgamento começou por volta das 9h e ainda não tem horário previsto para ser encerrado.


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