15 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:27
ESTADO
01/02/2021 16:10
Atualizado
01/02/2021 16:13

Caern estima uma economia de R$ 70 milhões nos próximos cinco anos

A previsão acontece com a adesão da Companhia ao Mercado de Livre Energia. Por ser uma empresa pública, o valor reverte-se em investimento no próprio sistema da Caern.Nos últimos meses, a Caern vem fazendo paradas de sistemas, em diversas cidades, para adaptar a medição ao novo sistema de fornecimento de energia do Mercado Livre. A maior parte dos sistemas estão concentrados nas cidades de Natal e Mossoró. As duas maiores cidades do Estado também possuem os maiores consumos na produção e distribuição de água.
FOTO: CEDIDA

Os custos com energia elétrica na produção e distribuição de água são altos para as companhias de saneamento no Brasil.

A entrada no Mercado Livre de Energia vai proporcionar a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) uma economia de R$ 70 milhões nos próximos 5 anos. Por ser uma empresa pública, o valor reverte-se em investimento no próprio sistema da Caern.

Além da questão financeira, o consumo de energia no Mercado Livre é 100% renovável, pois a energia gerada vem de fontes solares, eólicas e hidrelétricas.

Manter os sistemas de abastecimento funcionando de forma ininterrupta para garantir os serviços de água e esgoto, significa um grande consumo de energia elétrica.

Com base nos preços contratados da energia livre e da perspectiva de reajustes no mercado de energia regulada, espera-se uma economia de 70 milhões de reais em 5 anos, com impacto financeiro maior a partir de 2023, pois os preços contratados da energia livre são decrescentes a cada ano.

Nos últimos meses, a Caern vem fazendo paradas de sistemas, em diversas cidades, para adaptar a medição ao novo sistema de fornecimento de energia do Mercado Livre.

A adequação de sistemas produtores como estações elevatórias de água bruta e tratada e estações de tratamento de água e de esgoto, adutoras e poços já ocorreram em 43 unidades no Estado.

A maior parte dos sistemas estão concentrados nas cidades de Natal e Mossoró. As duas maiores cidades do Estado também possuem os maiores consumos na produção e distribuição de água.

Até julho de 2021, outras 17 unidades vão migrar para o Mercado Livre. Em 2022, a Caern estuda a entrada de mais 12 unidades, dependendo das condições favoráveis deste mercado.

O diretor-presidente da Caern, Roberto Sérgio Linhares, afirma que qualquer ação que proteja o meio ambiente, reduza custos, traga eficiência e aumente receita será adotada pela Companhia.

“O Mercado Livre de Energia é uma destas ações. A Companhia precisa ganhar em eficiência para concorrer de igual para igual com o setor privado, após o novo Marco Legal do Saneamento. É uma vitória para Caern e uma segurança de que a Companhia será forte, muito forte, nas concorrências que decidir entrar”, garante Roberto Sérgio.

O QUE É O MERCADO LIVRE DE ENERGIA

Sair do Ambiente de Contratação Regulado para o Ambiente de Contratação Livre de Energia, significa que a contratação de energia ocorrerá de diferentes unidades geradores ou comercializadoras e de diversas fontes de geração (solar, eólica e hidrelétrica).

Não é qualquer consumidor que pode negociar no Mercado Livre de Energia. Apenas empresas que possuem cargas acima de 500 kilowatts podem adotar o modelo. Os consumidores residenciais no Brasil estão fora do Mercado Livre de Energia.

O primeiro passo para se tornar um consumidor livre é procurar um atendimento especializado, por meio de empresas gestoras e consultoras que atuam no mercado e conhecem bem as regras comerciais.

Apesar de a negociação ser livre, existem procedimentos junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para efetuar os processos de compra e venda de energia, como também consolidação das cargas de geração e consumo.

Quem opta pelo comércio livre de energia pode comprar diretamente dos geradores ou das empresas comercializadoras através de contratos comerciais bilaterais em condições previamente negociadas, como preço, prazos de contratação, volume de energia adquirida ou qualquer outro ponto que as partes entenderem negociável, como em qualquer contrato de compra e venda no mercado.

Nesse caso, o comprador paga uma fatura sobre o serviço de distribuição para sua concessionária local – a tarifa regulada – e uma outra fatura para pagamento da energia comprada – preço negociado no ambiente livre.


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