Até que ponto vai a submissão de vereadores ao prefeito municipal? Na pequena cidade do Encanto, distante 10 km de Pau dos Ferros, no Alto Oeste do Rio Grande do norte, cinco vereadores deram uma demonstração de submissão total.
O prefeito Alberone Neri, do DEM, enviou projeto de lei para a Câmara Municipal propondo barrar a possibilidade de os professores se licenciarem das funções para cursarem mestrado e doutorado, aprimorando, assim, os seus conhecimentos em suas missão de ensinar.
Alberone Neri conseguiu, para violar o Plano de Carreira, Cargos e Salários dos professores do município, os votos dos vereadores:
Rosemary Fernandes Aquino de Queiroz, Rosa, do DEM (presidente da Câmara). Rosa é professora.
Francisco Luzimar de Oliveira Franco, Mazinho de Franco, do DEM
Joza Carlos De Oliveira Lima, Joza Carlos, do DEM
Yria Firmina Queiroz Rêgo, Yria Rêgo, do DEM
Francisco Ferreira de Bessa, Giliano Enfermeiro, do DEM
Os vereadores Chiquinho, Raquel, Marcelo e Diego, que são do PT e do Republicamos, votaram contra o projeto que tira os direitos básicos dos professores, que revoltados com a atitude dos vereadores do DEM, realizaram protesto em frente a Câmara.
Suzy Raquel Fernandes Nogueira, do PT
Tito Diogo Ribeiro da Silva, do PT
Marcelo Augusto De Queiroz Lima, Marcelo Augusto, do PT
Francisco Valdivio Silva, Chiquinho Valentim, do Republicanos
Os professores foram impedidos de entrar no que os vereadores chamam de casa do povo. Inclusive, os vereadores submissos aos caprichos do prefeito Alberone Neri chamaram a Polícia Militar, segundo os professores, para intimidar o protesto deles na parte externa com carro de som.
Na ocasião, o sargento que atendeu a ocorrência, falou que estavam ali para orientar. O fato é que os vereadores submissos ao Poder Executivo aprovaram o projeto e saíram da Câmara sob vaias. “Como você pode fazer isto com seus companheiros, Rosimeire!”, diz os professores.
Os professores disseram que foram perseguidos pela gestão passada e que lutaram tanto para ter o Plano de Carreira, Cargos e Salários da categoria e agora a gestão, de forma autoritária, rasga e, o que é pior, com apoio da professora Rosa, presidente da Câmara.