Neste primeiro trimestre de 2021, o Governo do Rio Grande do Norte, por intermédio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Sape/RN) e Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), realizou a distribuição de raquetes - semente de palma forrageira, tolerantes à cochonilha do carmim.
A iniciativa beneficia 300 famílias, entre elas, a de Jefferson Luis Paiva, produtor rural do Sítio Pedra do Navio, em São Tomé.
“A palma vai me ajudar muito para alimentar o meu pequeno rebanho porque ela tem muita água e outros benefícios”, disse Paiva.
Até o final de março, o Governo do RN distribuiu 330.300 mil raquetes, para multiplicação das variedades Orelha-de-Elefante Mexicana, Ipa Sertânia e Miúda (também conhecida como Doce) para agricultores, produtores rurais e pecuaristas de diversos municípios do RN.
O objetivo é promover a convivência com o semiárido e amenizar os efeitos da seca no estado. A cactácea faz parte da base alimentar dos rebanhos de zonas áridas e semiáridas do Brasil e contribui para.
Entre suas principais características estão a alta palatabilidade (sabor agradável para o animal), produção de biomassa e resistência à seca.
As raquetes são produzidas nas estações experimentais da EMPARN, instaladas nos municípios de Apodi e Pedro Avelino (Terras Secas).
“A EMPARN promove essa ação desde 2015 a partir de um Convênio atualmente ligado ao Ministério da Agricultura, via Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF)”, disse o diretor presidente da EMPARN, Rodrigo Maranhão.
Neste ano, a ação será fortalecida por Convênio SAPE/Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene)/EMPARN, que investirá R$ 200 mil na manutenção e ampliação das áreas de multiplicação de raquetes-semente.
“Com este projeto, está sendo possível garantir a um número maior de pequenos produtores a manutenção de seus rebanhos, oferecendo-lhes uma alternativa a mais para se fixarem no campo, onde é o lugar destes homens e mulheres que tanto nos orgulha com seu trabalho incansável. O novo convênio firmado entre a Sape e a Sudene será capaz de ampliar este projeto, permitindo chegar a um número ainda maior de beneficiários”, destacou o secretário da Sape, Guilherme Saldanha.
O convênio da palma forrageira, liderado pelo pesquisador Guilherme Costa Lima, é coordenado pela EMPARN há mais de 10 anos e aborda diversos aspectos do desenvolvimento e pesquisa dessa cactácea no semiárido brasileiro.
“Nessa missão, a EMPARN tem contado com a parceria efetiva de importantes instituições como EMATER, IDIARN, SENAR, Sebrae, Seapac e IFRN”, declarou Lima.
Para solicitar a doação das raquetes, o interessado deve procurar um dos seguintes locais: escritório da Emater do seu município; secretaria municipal de agricultura; escritório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); sindicatos rurais ou Seapac.