A retomada das atividades escolares da rede pública de ensino, em todo o estado, de forma híbrida. Essa é uma das sete recomendações constantes no mais recente relatório elaborado pelos pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica e Saúde (LAIS/UFRN).
O documento, elaborado pelos pesquisadores Carlos Alberto P. de Oliveira, Fernando Lucas de Oliveira Farias, Juciano Lacerda, Higor Morais, Ion de Andrade, Leonardo J. Galvão de Lima, Nícolas Veras, Ricardo Valentim, Ricardo Arrais e Rodrigo Silva, faz uma análise do cenário pandêmico no RN, após o feriado da Semana Santa.
Segundo o documento produzido pelos pesquisadores do LAIS, o retorno das aulas na rede pública de ensino em formato híbrido será possível desde que ocorra de forma faseada. Para tanto, “baseando-se nos indicadores epidemiológicos e assistenciais. Portanto, para iniciar as aulas em formato híbrido nas escolas públicas deve-se observar tais dados e a análise constante do risco e do benefício de abrir-se às escolas”, detalha o documento, que também aponta que “é essencial que a sociedade, as empresas, os poderes constituídos e, em especial, os órgãos de fiscalização e de controle cobrem do Ministério da Educação, da Secretaria de Educação do Estado e das Secretarias de Educação dos Municípios a previsão orçamentária adequada e o aporte dos recursos financeiros suficientes para que existam as condições necessárias para oferta do ensino seguro nas escolas públicas, de modo que formatos alternativos de ensino possam ser desenvolvidos e implementados”.
O relatório recomenda também que as escolas devem estar estruturadas segundo protocolos estabelecidos pelas
autoridades sanitárias estaduais e locais, iniciativa a ser adotada tanto para a rede pública quanto a rede privada.
Ainda de acordo com os dados observados, houve um aumento tanto no número de novos casos como na taxa de transmissibilidade, ficando acima de 1 a partir do dia 4 de abril. “Esse aumento representa uma maior possibilidade de contaminação entre as pessoas”, ressalta o diretor executivo do LAIS, professor Ricardo Valentim.
Outras informações também são analisadas pelos pesquisadores, apontando, ainda, a necessidade de medidas restritivas.
No entanto, os pontos mais relevantes do relatório são as recordações direcionadas ao retorno das atividades escolares para a educação básica – da educação infantil ao ensino médio – na rede pública, garantindo o atendimento de crianças e adolescentes.
As recomendações vão desde o modelo híbrido de ensino, com o ensino a distância até a garantia de condições para que o professor tenho condições para o desenvolvimento das atividades. “É necessário que haja investimento para garantir a educação de crianças e adolescentes que estão há 13 meses sem atendimento”, reforçou o diretor do LAIS.