14 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
ESTADO
23/05/2021 10:35
Atualizado
23/05/2021 14:14

“Pulgão da cana-de-açúcar” ataca cultivo de sorgo no Oeste do RN

A praga está comprometendo mais 50% do produção de sorgo para silagens na região da Chapada do Apodi, que abastece as regiões do Oeste do RN, parte do Ceará e também o Alto Sertão Paraibano, deixando um prejuízo gigantesco com grandes e pequenos produtores, que pedem auxílio da EMBRAPA e a UFERSA para pesquisar um defensivo de laboratório ou natural para combater a praga
A praga está comprometendo mais 50% do produção de sorgo para silagens na região da Chapada do Apodi, que abastece as regiões do Oeste do RN, parte do Ceará e também o Alto Sertão Paraibano, deixando um prejuízo gigantesco com grandes e pequenos produtores, que pedem auxílio da EMBRAPA e a UFERSA para pesquisar um defensivo de laboratório ou natural para combater a praga
FOTO: OTÁVIO COSTA

Os produtores de silagens no Oeste do Rio Grande do Norte foram pegos de surpresa neste ano de 2021 com a ação forte “pulgão da cana-de-açúcar”. A praga tende a derrubar a produção em pelo menos 50%. “Isto nunca aconteceu”, diz o agricultor Otávio Costa, que pede apoio da EMBRAPA e UFERSA para pesquisar um defensivo de laboratório ou natural contra o inseto.

A praga atinge principalmente o sorgo e o milho, podendo chegar também em cultivos de sequeiros ou de irrigação. Otávio Costa explica que o pulgão da cana-de-açúcar retira o sumo e solta as fezes no local, ocasionando assim o atrofiamento da folha.

Otávio Costa se mostra preocupado com o quadro. “Rapaz, esta safra deste ano a praga vai afetar em mais de 50%. Tem produtor que não vai conseguir colher 20% do esperado. E o pior é que não é só aqui em Apodi. É em todo o Estado”, lamenta o produtor.

Otávio Costa disse que também recebe relatos de prejuízos causados pelo pulgão da cana-de-açúcar na Paraíba, Pernambuco e Ceará. “Rapaz, esta praga chegou do dia para noite e tem gente aqui que já abandonou a plantação. Deixou tudo para trás. Desistiu”, diz.

O agricultor disse que o poder de destruição do pulgão da cana-de-açúcar lembra a praga do “bicudo”, que inviabilizou a produção de algodão no início dos anos oitenta. “Do mesmo jeito vai ser com a cultura do sorgo se alguém não tomar providências”, acrescenta.

O sorgo produzido na região da chapada do Apodi é o que alimenta os rebanhos do Oeste do Rio Grande do Norte, parte do Vale do Jaguaribe, no Ceará, e também o Alto Sertão da Paraíba. “Apodi é referência em silagem”, diz o produtor Otávio Costa.

Alguns poucos produtores contrataram agrônomos, “mas eles não sabem ainda nem o que usar como defensivo das plantações. É preciso que as autoridades acionem a Embrapa para pesquisar uma forma de combater o pulgão da cana-de-açúcar com eficiência”.

Além das autoridades municipais e estaduais, alguns produtores reclamaram da ausência de pesquisadores da UFERSA, que eles acreditam que também poderiam contribuir para encontrar um defensivo de laboratório ou natural para combater a praga.


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