15 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
ESTADO
28/05/2021 12:07
Atualizado
28/05/2021 13:02

IFRN tem 41 mil alunos e perdeu 30 milhões em custeio

O reitor disse que em 2020, havia R$ 89 milhões para custeio e, neste ano, o valor é de R$ 60 milhões, com outros R$ 10 milhões bloqueados. A redução vai obrigar o IFRN a demitir servidores terceirizados nos 21 campi existentes.

Desde 2019 as instituições Federais de ensino Superior o Brasil vem sofrendo com os sucessivos cortes em seus orçamentos. As unidades aqui do estado não estão de fora dessa situação. O instituto Federal do Rio Grande do Norte IFRN, por exemplo, possui 41 mil alunos e perdeu 30 milhões em custeio.

Em entrevista ao Jornal Mossoró Hoje nas Ondas do Rádio nesta sexta-feira (28) o Reitor do IFRN José Arnóbio afirmou que se o instituto tivesse hoje que voltar com as aulas de forma híbrida ou presencial, não teria condições de retomar as atividades devido aos cortes no orçamento.

O reitor disse que em 2020, havia R$ 89 milhões para custeio e, neste ano, o valor é de R$ 60 milhões, com outros R$ 10 milhões bloqueados. A redução vai obrigar o IFRN a demitir servidores terceirizados nos 21 campi existentes.

"Se tivéssemos que voltar presencialmente hoje, por exemplo, não teríamos recursos para efetivar as medidas sanitárias necessárias. Sem os servidores terceirizados, quem vai fazer a sanitização dos ambientes? Temos 41 mil alunos, 512 projetos de pesquisa, 328 de extensão e todos os programas têm sido impactados por isso. A sociedade precisa saber o quanto isso é nocivo", disse o reitor.

De acordo com José Arnóbio, os recursos referentes a 3 mil bolsas digitais também foram cortados, prejudicando ainda mais diretamente os alunos.

O cenário é caótico e extremamente preocupante disse o Reitor, a diminuição dos recursos vai impactar diretamente os alunos e as família desses alunos de todas as regiões onde estão localizados os 21 campis do Instituto.

“Na situação que estamos hoje, nós temos condições de finalizar apenas o semestre 2021.2 se não houver um retorno desses investimentos a instituição estará seriamente prejudicada” afirma Arnóbio.

Esses impactos de cortes afetam diretamente toda a cadeia produtiva do estado, Segundo José Arnobio tudo que é produzido pelas universidades e institutos federais no pais, representa 90% de toda a produção científica do Brasil.

“Essa ação é danosa em todos os aspectos, inclusive no aspecto econômico, sem falar no nível de evasão muito grande pois o aluno não vai ter condições de terminar seu curso” frisa.

Em relação a ações por parte da bancada federal do estado, José Arnóbio disse que as instituições precisam ter mais espaço “O IFRN recebeu ajuda por parte dos deputados tanto estaduais quando federais, mas precisamos de mais espaço, os deputados precisam entender o papel fundamental das universidades e institutos federais para a mudança social que o Rio Grande do Norte tanto precisa” finaliza.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário