O Ministério do Desenvolvimento Regional comunicou, no dia 1º de junho de 2021 no Diário Oficial da União, a conclusão do processo de contratação da construtora para interligar a transposição do Rio São Francisco a Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró.
A construtora vencedora do certame foi a Queiroz Galvão, com o valor de R$ 938.510.000,00. A contratação é obra do ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, que é do Rio grande do Norte e está com seu nome cotado para disputar o Governo do Estado.
As obras de transposição do Rio São Francisco, projetadas e iniciadas na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já chegaram nos Estado da Paraíba e do Ceará, tendo cortado boa parte do Alto Sertão do Estado do Pernambuco.
Trata-se de uma obra de grande porte, que está exigindo do governo federal grandes somas financeiras. Por outro lado, o investimento se propõe a levar água do Rio São Francisco para abastecer uma enorme extensão de terra nos quatro estados que sofre com as secas.
Em 2019, a obra, inicialmente orçada em 12 bilhões, estava com 90% concluída.
A transposição do Rio São Francisco prevê a construção de dois grandes canais (um Eixo Norte e um Eixo Leste, totalizando 477 km em obras) que levam águas desse rio essencial para o Nordeste brasileiro até outra área, tradicionalmente bem mais seca.
A previsão, ao fim das obras, é abastecer 11,6 milhões de pessoas (4, 5 milhões vão ser atendidas pelo Eixo Leste e 7,1 milhões pelo Eixo Norte). Está previsto chegar água da transposição do Rio São Francisco em duas bacias que banham o Rio Grande do Norte.
Além da bacia Apodi-Mossoró, também está previsto a chegada de água da transposição no sistema Coremas Mãe D’Água, que abastece a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves. Neste caso, não existe predefinida pelo Governo Federal.
Para a bacia Apodi-Mossoró, a previsão é que o velho chico garanta sustentabilidade hídrica na região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, através da Barragem de Pau dos Ferros.