O Rio Grande do Norte registrou índice 90,2% abaixo do volume médio de chuva esperado para o mês de junho. A expectativa era de um volume médio de 90,2 milímetros (mm) porém, o estado registrou apenas 9,0mm, de acordo com as análises da Empresa de Pesquisa Agropecuária Rio Grande do Norte- EMPARN.
As análises registraram ainda que junho de 2021 é o segundo mês de junho mais seco da história da capital potiguar. Em Natal, choveu somente 56 mm, quando o esperado era um volume acima de 300mm.
O vento seco, oriundo do Atlântico Sul, associado a baixa umidade predominou durante todo o mês, dificultando a ocorrência de chuvas.
“O volume médio de chuvas no mês de junho/2021 em Natal, só perde para o mês de junho de 1978, quando choveu 18mm na capital”, avaliou o chefe da unidade instrumental de meteorologia da EMPARN, Gilmar Bristot.
Além de prejudicar a atividade agrícola, a ausência de chuva comprometeu o carregamento do manancial hídrico do estado.
“Desde abril, quando comumente aumenta o volume das chuvas nas regiões leste/agreste, não estamos tendo recarga dos mananciais o que pode trazer problemas de abastecimento no segundo semestre de 2021”, comentou Gilmar Bristot.
As demais regiões do estado registraram volumes médios abaixo do esperado para o período: Oeste (91,5%), Central (96%), Agreste (94,9%) e Leste (86,5%).
PREVISÃO
Para o mês de julho, a previsão é de chuvas abaixo do normal, com predominância no litoral, de dias nublados porém sem perspectivas de chuvas intensas.
“A previsão indica que as chuvas que ocorrerem vão se localizar mais em outros Estados como Pernambuco, norte da Bahia e Alagoas. Aqui no RN, a previsão é de dificuldades na formação da chuva devido a condição de alta pressão do Atlântico Sul que não está liberando ventos leste/sudeste capazes de trazer umidade e melhorar a condição de chuva”, disse.
Em relação a sensação térmica o potiguar está sentindo temperaturas um pouco mais frias, especialmente nas madrugadas e início das manhãs.
“A temperatura não ultrapassou os 29°C na última semana e deve permanecer desta forma no restante do mês. Em agosto, quando as temperaturas abaixam um pouco mais, especialmente no interior em regiões Serranas- como Martins e São Miguel- os termômetros podem chegar a 16°C ou abaixo disso”, considerou Bristot.