19 MAI 2024 | ATUALIZADO 07:00
POLÍCIA
ANNA PAULA BRITO
15/07/2021 16:56
Atualizado
15/07/2021 16:57

Júri decide inocentar Letícia no caso Geanne; Promotor afirma que vai recorrer da decisão

Apesar das provas apresentadas pelo promotor Ítalo Moreira Martins e dos três depoimentos que demonstravam a participação direta de Letícia Vital Ramos, de 21 anos, no rapto, tortura e assassinato de menina Geanne Nogueira, os jurados decidiram pela absolvição da ré por 4 votos a 3. Com a decisão, Letícia será posta em liberdade. O promotor afirmou que o MH irá recorrer da decisão, porque o resultado foi contrário à prova.
FOTO: CEZAR ALVES

O conselho de sentença decidiu pela absolvição de Letícia Vital Ramos, de 21 anos, da acusação de participação direta no rapto, tortura e assassinato de menina Geanne Nogueira, de 12 anos, ocorrido no dia 4 de novembro de 2018.

O júri popular foi iniciado às 9h desta quinta-feira (15), sendo presidido pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.

Visando a condenação de Letícia, o promotor Ítalo Moreira Martins, representante do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), apresentou ao corpo de jurados o laudo do Instituto Técnico-científico de Perícia, que aponta a crueldade com que Geanne foi morta.

O documento mostra que a menina sofreu fraturas em praticamente todas as partes do corpo. “Usaram instrumentos com tanta força, que quebraram os ossos da menina em várias partes do corpo, uma monstruosidade”, diz o promotor.

Veja mais:

“Foi uma monstruosidade”, diz o promotor Ítalo Moreira sobre a morte de Geanne

Mais uma acusada de matar a menina Geanne senta no banco dos réus


Apresentou, ainda, três depoimentos que apontavam a participação direta da ré no crime brutal. Um deles, do namorado da vítima, que afirmou que Letícia, juntamente com os outros comparsas, foi até a casa de Geanne, carregou a menina e a levou até o local onde foi morta.

No segundo depoimento apresentado aos jurados, um adolescente confirmou ter visto a menina sendo arrastada pelas ruas e que a ré estava junto.

Por fim, o depoimento de uma das autoras do homicídio, que já foi condenada, Maria Luiza Moura Diógenes, a Docinho, dá conta que ela e Letícia foram até o local onde a vítima estava amordaçada, sangrando e que ambas agrediram a menina.

A Defensora Pública Leylane Torquato, responsável pela defesa de Letícia Vital, no entanto, tentou desqualificar as provas, questionando a idoneidade dos depoimentos.

Mesmo diante de todos os fatos e provas apresentados, a maioria dos jurados decidiu por absolver Letícia Vital por 4 votos a 3. Com a decisão, ela será posta em liberdade.

O Promotor Público Ítalo Moreira Martins afirmou que vai recorrer da decisão, porque o resultado foi contrário à prova. Caso um novo júri seja marcado, um outro conselho de sentença, composto por sete novos jurados, deverá ser formado.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário