28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:59
MUNDO
COM INFORMAÇÕES DE KEVIN LIPTAK E JASON HOFFMAN, DA CNN
16/08/2021 18:28
Atualizado
16/08/2021 18:29

“Não me arrependo da minha decisão de acabar com essa guerra”, diz Biden

O presidente dos Estados Unidos se pronunciou pela primeira vez, após tomada de Cabul, capital do Afeganistão, pelas forças Talibã. Biden admitiu que os EUA cometeram erros, mas disse que as tropas não poderiam permanecer no país se nem as forças do afegão lutaram contra o Talibã. "Os líderes desistiram e fugiram do país. As forças militares colapsaram, alguns tentaram lutar. Se o Afeganistão não consegue oferecer uma resistência ao Talibã, os militares americanos não conseguiriam fazer ali qualquer diferença", afirmou.
“Não me arrependo da minha decisão de acabar com essa guerra”, diz Biden. O presidente dos Estados Unidos se pronunciou pela primeira vez, após tomada de Cabul, capital do Afeganistão, pelas forças Talibã. Biden admitiu que os EUA cometeram erros, mas disse que as tropas não poderiam permanecer no país se nem as forças do afegão lutaram contra o Talibã. "Os líderes desistiram e fugiram do país. As forças militares colapsaram, alguns tentaram lutar. Se o Afeganistão não consegue oferecer uma resistência ao Talibã, os militares americanos não conseguiriam fazer ali qualquer diferença", afirmou.
FOTO: KEVIN LAMARQUE/REUTERS

Em um primeiro pronunciamento após combatentes do Talibã tomarem o poder da capital do Afeganistão no domingo (15), Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, admitiu que o país cometeu erros, mas que não se arrepende de ter determinado a retirada de tropas americanas do país e que essa foi a "melhor decisão" considerando os interesses dos americanos.

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"Nossa missão no Afeganistão teve muitos erros nas últimas décadas. Eu sou o presidente dos EUA e essa guerra acaba comigo. Não me arrependo da minha decisão de acabar com essa guerra e manter foco na nossa missão de contraterrorismo", afirmou Biden em um discurso televisionado nesta segunda-feira (16).

O presidente americano destacou que as tropas não poderiam permanecer no país se nem as forças do afegão lutaram contra o Talibã.

"Os lideres desistiram e fugiram do país. As forças militares colapsaram, alguns tentaram lutar. Se o Afeganistão não consegue oferecer uma resistência ao Talibã, os militares americanos não conseguiriam fazer ali qualquer diferença", afirmou.

Joe Biden também afirmou que teve conversas com o ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, e com demais lideranças do país sobre "como o Afeganistão deveria estar pronto para enfrentar uma guerra civil após a saída dos americanos".

"Nós falamos sobre a necessidade dos líderes se unirem politicamente, e também que deveríamos nos engajar na diplomacia para construir um acordo político com o Talibã. Esse conselho foi recusado", disse Biden.

O presidente americano ainda afirmou que, durante 20 anos, os EUA gastaram mais de US$ 1 trilhão na guerra mais longeva travada pelo país, mas que, mesmo assim, "nunca houve uma época boa para retirar as forças do país": "a verdade é que o Afeganistão caiu mais rápido do que imaginávamos", afirmou.

"ERRO DE CÁLCULO"

Após os combatentes do Talibã tomarem Cabul no domingo, funcionários do alto escalão do governo dos EUA já admitem um "erro de cálculo" sobre quanto tempo demoraria para o Talibã tomar a capital.

A rápida queda das forças nacionais e do governo do Afeganistão foram um choque para Biden e para os altos membros de sua administração, que no mês passado acreditavam que poderia levar meses até que o governo civil em Cabul caísse – permitindo um período de tempo após a saída das tropas americanas antes que todas as consequências da retirada fossem expostas.

Agora, meses após a declaração inicial de que todos os 2.500 soldados dos EUA estariam fora do Afeganistão até o final do verão, um total de 6 mil soldados devem ajudar a facilitar a evacuação do país..


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