16 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:27
ESTADO
Cezar Alves
22/08/2021 14:37
Atualizado
22/08/2021 14:53

A feira livre e o trânsito caótico nos arredores do Mercado Público de Baraúna-RN

Os trabalhos começam ainda durante a madrugada. Ao clarear do dia, o cheiro do café da manhã nas lanchonetes se mistura ao ritmo frenético do entra e sai de pessoas deixando e levando mercadorias; O local, no geral, reina a desorganização do trânsito e a falta de estrutura para os comerciantes de verduras e também de carnes
Os trabalhos começam ainda durante a madrugada. Ao clarear do dia, o cheiro do café da manhã nas lanchonetes se mistura ao ritmo frenético do entra e sai de pessoas deixando e levando mercadorias; O local, no geral, reina a desorganização do trânsito e a falta de estrutura para os comerciantes de verduras e também de carnes
Foto: Cezar Alves

Aos domingos, os primeiros movimentos nos entornos do Mercado Público de Baraúna-RN acontecem no início da madrugada. São comerciantes que chegam de outras cidades e donos de lanchonetes se preparando para o início da feira livre ao amanhecer. 

Na medida em que o dia vai clareando, o movimento aumenta, dentro e fora do mercado. São os comerciantes delimitando os locais que vão oferecer seus produtos. Neste momento, o cheio de café sendo preparados nas lanchonetes começa a se espalhar.

Trabalhadores das fazendas da região lotam as lanchonetes do Mercado Público para o café da manhã reforçado. O prato preferido é um “lanche” de carneiro, arroz, cuscuz, cheiro verde e cebola. Alguns degustam com suco e outros com café e leite. Custa apenas R$ 8,00.


Em pouco tempo, a ala oeste do mercado está totalmente tomada por vendedores de verduras e legumes, além de dezenas de motos, que deixa o trânsito caótico. Do outro lado, vendedores vestuários. O canteiro central da avenida central do município também é tomado por bazares de roupas.

De 6 horas, com as carnes (caprinos, suínos e bovinos) já prontas dentro do mercado, começa a chegar os clientes. Eles encaram comerciantes oferecendo seus produtos, em muitos casos, produzidos por eles mesmos, na zona rural do município de Baraúna.

É o que garante o ex-prefeito José Bezerra. Ele afirmou que mais de 90% do que é vendido na feira de Baraúna é produzido no próprio município.


Tem também comerciantes do município que compram produtos em outras cidades. É o caso de Francisco José. Ele observa que além de Baraúna, também aproveita a feira livre de Governador Dix Sept Rosado, Assu, Apodi, Felipe Guerra e as vezes Areia Branca.

Assim como ocorre em outras feiras livres, em Baraúna-RN tem gente que trabalha no lugar a vida toda. É o caso agricultura e comerciante Maria Alzenir, de 77 anos. Ela disse que criou 9 filhos (cinco biológicos) trabalhando na feira e outros comércios da cidade.

Dona Maria Alzenir Pereira revelou ao MH que trabalha na feira livre há uns 50 anos e sua filha Eleneide Pereira, de 54 anos, faz o mesmo há muito tempo. As duas narram que o comércio não está bom, no momento atual. Acreditam que vai melhorar.


No geral, a feira livre de Baraúna, assim como todas as outras da região, precisa de apoio do Poder Público, em especial o Mercado da Carne, que precisa de investimento para atender as normas sanitárias, um processo longo e que requer investimento pesado.

O município de Baraúna

O município de Baraúna está distante 36 km de Mossoró. Fica na divisa com o Estado do Ceará. Tem cerca de 28 mil habitantes, sendo que mais de metade desta população reside e trabalha na zona rural. É rico em produção agrícola irrigada e também na pecuária


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