Ampliar o número de agricultores e agricultoras familiares com acompanhamento técnico sistemático e continuado, seguindo os princípios da agroecologia e da convivência com o semiárido, com foco da produção e comercialização de alimentos saudáveis é o que pretende a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf) com ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) nos territórios do Alto Oeste, Sertão do Apodi, Seridó, Mato Grande e Açu-Mossoró.
O Governo do Estado, em tese, está indo á roça, através do Programa Ater, para incentivar o pequeno produtor rural a produzir mais, melhor e sem uso de defensivos agrícolas, ou seja, mais saudável ao consumo humano. E não é só. Busca também auxiliar o pequeno produtor é dá vazão ao que produz, através de programas de compras governamentais e com a realização de feirinhas agroecológicas nos municípios. Funcionando 100%, o Ater proporciona trabalho e renda ao homem do campo.
A foto que ilustra esta reportagem é do município de Paraú, que a feirinha agroecológica foi realizada quinta-feira passada.
“Essa iniciativa está orçada em R$ 8,4 milhões e irá atender 2800 famílias de agricultores e agricultoras familiares em quase 50 municípios do estado, chegando a aproximadamente 120 comunidades rurais em três anos de ação”, disse o titular da Sedraf, Alexandre Lima.
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Na próxima segunda-feira (30), em Pau dos Ferros, terça-feira (31), em Apodi, e quarta-feira (01), em Currais Novos, a Sedraf irá realizar encontros para apresentar as entidades de Ater que irão executar as atividades de assistência técnica nos territórios do Alto Oeste, Sertão do Apodi e Seridó. Essas entidades foram selecionadas a partir de chamada pública realizada pela secretaria.
No Alto Oeste, a ação irá beneficiar 300 famílias de agricultores familiares dos municípios de Coronel João Pessoa, São Miguel, Doutor Severiano, Encanto, José da Penha, Luís Gomes, Pau dos Ferros, Lucrécia, São Francisco do Oeste, Francisco Dantas, Pilões e Frutuoso Gomes, cujo investimento será de cerca de R$ 1 milhão.
No Sertão do Apodi, serão beneficiadas 550 famílias de agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Apodi, Felipe Guerra, Caraúbas, Severiano Melo, Augusto Severo, Janduís, Messias Targino, Umarizal, Upanema e Olho D’água do Borges, e o investimento para este território é de R$ 1,7 milhão.
Já na região do Seridó, a iniciativa irá contemplar 550 famílias dos municípios de Lagoa Nova, Cerro Corá, Tenente Laurentino, Florânia, São João do Sabugi, Caicó, Serra Negra do Norte e Parelhas e o investimento será também de R$ 1,7 milhão.
O trabalho é parte das ações do Programa de Fortalecimento da Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Mais Ater). A iniciativa irá fortalecer o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater).
“Nesses três territórios, o Centro Terra Viva, o Centro Feminista 8 de Março e a Cooperativa Terra Livre são as entidades que irão prestar os serviços de Ater, tanto na parte da assistência técnica voltada para o trabalho com mulheres rurais, quanto para a parte da agroecologia”, concluiu o secretário Alexandre. Os encontros nos territórios do Mato Grande e Açu- Mossoró serão realizados nos dias 9 e 10 de setembro. A outra entidade selecionada para prestar seus serviços foi a Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC).
Trabalho semelhante ao executado pelo Governo do Estado está sendo colocado em prática pela Prefeitura Municipal de Mossoró. O lançamento do programa Mossoró Rural foi no final do mês de julho. Num primeiro momento, serão investidos em R$ 1,1 milhão num estudo apontando o potencial dos produtores, depois de apoio técnico de produção, gestão e negócios, em parceria com as universidades e entidades como Sebrae.
O projeto será executado em 12 meses, com a possibilidade de renovação por mais um ano e orçamento na ordem de R$ 1.109.240,00 de reais, beneficiando um total de 137 comunidades rurais e aproximadamente 1.100 produtores rurais do município.
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Do respectivo valor, 69% será direcionado ao Sebrae, 17% para a Prefeitura de Mossoró e 14%, diretamente aos produtores rurais.
Em termos práticos, trata-se de um acordo de cooperação técnica e financeira envolvendo toda cadeia produtiva rural, com ênfase na apicultura, pecuária leiteira, caprinocultura, ovinocultura e suinocultura, além da fruticultura, de técnicas de forragem e do plantio de hortaliças.