Durante sua viagem ao Oriente Médio o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não mede conhecimento e é utilizado para ativismo político e comportamental. As afirmações foram feitas após uma motociata pelas ruas do Bahrein nesta quarta-feira (17/11).
“Olha o padrão do Enem no Brasil... Pelo amor de Deus! Aquilo mede algum conhecimento ou é ativismo político ou ativismo comportamental? A gente não precisa disso”, disse.
Na segunda (15), Bolsonaro tinha dito que as questões do exame estão começando “a ter a cara do governo”. De acordo com o chefe do Executivo, as questões estão mais alinhadas e voltadas “ao aprendizado”. “O que eu considero muito é que começa a ter a cara do governo as questões da prova do Enem. Ninguém [precisa ficar] preocupado com aquelas questões absurdas do passado, de cair um tema de redação que não tinha nada a ver com nada. É realmente algo voltado para o aprendizado”, afirmou na saída de um evento nos Emirados Árabes.
Em depoimento à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou ter tido acesso a qualquer parte da prova do Enem. Ele também tentou justificar a fala de Bolsonaro sobre o certame, que deu a entender que os dois poderiam ter algum tipo de interferência nas questões.
“Num primeiro momento, creio que causou um pouco ou talvez muita apreensão a frase do presidente da República quando disse que o Enem tem a cara do governo. Tem a cara, sim, do governo. Mas, em qual sentido? O da competência, da honestidade, da seriedade. Essa é a cara do governo. Nós não temos nenhum ministro preso e nenhum caso de corrupção”, afirmou. O ministro está na Casa prestando esclarecimentos sobre a debandada no Inep.
Com informações do