17 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:27
ESTADO
27/12/2021 14:53
Atualizado
27/12/2021 15:11

Chuva do fim de semana ainda não se caracteriza como início do período chuvoso

De acordo com o meteorologista da Ufersa, José Espínola a chuva que caiu nesse fim de semana, nas últimas 72 horas foi consequência da entrada de uma frente fria muito forte no sul do Brasil, e que adentrou no nordeste, juntamente com a zona de convergência do atlântico sul, ou seja, fenômenos isolados, por isso ainda não podemos dizer que essas chuvas se caracterizam como o início da quadra chuvosa na região. “Não podemos acreditar que o inverno já começou, esses sistemas só persistem até janeiro e logo depois param de atuar, dependemos da zona de convergência intertropical e das temperaturas do atlântico sul, para termos a nossa quadra chuvosa” explica o professor.e

Este final de semana foi marcado por chuvas nas regiões Oeste e Alto Oeste do Rio Grande do Norte, vários municípios registraram chuvas e Mossoró não foi diferente, cerca 35 milímetros foram registrados por pluviómetros instalados na cidade.

Em todo Rio grande do Norte 97 municípios registraram chuvas. A região que mais choveu foi o Alto Oeste, na cidade de José da Penha, com 75mm,  e Luiz Gomes, com 68mm.

Em Mossoró foi registrado chuvas em oito pontos diferentes variando de 24mm a 37mm.

De acordo com o meteorologista da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), José Espínola, as chuvas devem continuar acontecendo durante essa semana. “Podemos até ter uma virada de ano sob chuva”, disse Espínola.

Ainda segundo Espínola, a chuva que caiu nesse fim de semana, nas últimas 72 horas, foi consequência da entrada de uma frente fria muito forte no sul do Brasil e que adentrou no nordeste, juntamente com a zona de convergência do atlântico sul, ou seja, fenômenos isolados, por isso ainda não podemos dizer que essas chuvas se caracterizam como o início da quadra chuvosa na região.

“Não podemos acreditar que o inverno já começou, pois a zona de convergência do atlântico sul que trouxe a umidade do Amazonas até a Bahia, foi empurrada pela frente fria para o nordeste. Esses sistemas só persistem até janeiro e logo depois param de atuar, dependemos da zona de convergência intertropical e das temperaturas do atlântico sul, para termos a nossa quadra chuvosa”, explica o professor.

Todos os sistemas e modelos divulgados até agora, que mostram chuvas na média ou acima da média para o nordeste, estão se baseando somente no La Niña, que é o esfriamento das águas do pacifico, mas segundo o meteorologista, não dependemos somente do La Niña para ter chuvas na nossa região,

Segundo Espinola, neste ano de 2021 tivemos a terceira maior efeito La Niña de todos os tempos, mas as temperaturas do atlântico na costa do Ceará e do RN não favoreceram e tivemos um inverno irregular.

“Temos um fator positivo que é o La Niña atuando, mas as chuvas dos últimos dias tem muito a ver com a zona de convergência do atlântico sul que tem colocado mais umidade no sul da Bahia e pra cima do nordeste provocando chuvas em todas as regiões. A previsão é que as chuvas continuem e tenhamos chuvas na virada de ano”, disse.

De acordo com Espínola, as chuvas de dezembro e janeiro são arriscadas para o homem do campo plantar. “Tem um ditado que diz quem planta em janeiro perde em fevereiro, devemos aguardar até o final de janeiro pra ver se teremos chuva na média pra cima da média, o momento agora é de preparara a terra, receber as sementes por parte do governo do estado e aguardar mais um pouco”, frisa.

A segunda reunião climática, que reúne os meteorologistas de todo nordeste, aconteceu na última quarta-feira (22) em Campina Grande, e apontou que a quadra chuvosa de 2022 do nordeste deverá ser na média ou acima da média, “Vamos torcer pra que tenhamos regularidade de chuvas em todas as regiões do estado, para que não possa comprometer as chuvas nas diferentes pontos”, finaliza.


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