25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
MOSSORÓ
Da redação
04/11/2015 14:11
Atualizado
12/12/2018 10:49

Porcellanati vai a leilão com lance de R$ 15 milhões e não aparece comprador

Por ter sido construída em terreno e com recursos públicos, vereadores se revoltaram e ameaça adotar providências. Grave denúncia é da vereadora Izabel Montenegro
Reprodução/ARPEB

A Justiça represou o leilão da Porcellanati, em Mossoró, para o dia 18 de novembro. A tentativa de vender a unidade industrial em leilão realizado às 10 horas deste dia 4 de novembro não deu certo. Faltou comprador. A informação é da vereadora Izabel Montenegro, que se mostrou muito preocupada com o quadro de desmonte da unidade.

Em pronunciamento feito no Plenário da Câmara Municipal de Mossoró, a vereadora Izabel Montenegro lembrou que a unidade foi construída mediante empréstimo milionário junto ao Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico, doação do terreno, instalações elétricas, de gás natural e até o acesso, que custou aos cofres públicos R$ 575 mil.

“Hoje às 10h estava agendado um leilão na Justiça Federal. A Porcellanati está sendo vendida a preço de banana. O lance inicial é de R$ 15 milhões em uma fábrica em que foram investidos recursos numa ordem muito superior a isso”, destacou Izabel Montenegro, lembrando que a unidade fechou e ficou devendo a Potigas, a Cosern, a Fornecedores e aos trabalhadores.

“O grupo Itagres fechou a Porcellanati e saiu de Mossoró sem pagar funcionários, Cosern, Caern, além dos fornecedores de matéria prima. E, agora quer leiloar um terreno doado pelo próprio município para quitar dívidas com os mossoroenses”, reclamou a vereadora.

Na oportunidade a vereadora listou os inúmeros benefícios recebidos pelo Grupo. “Além de ter o fornecimento de gás subsidiado, a Porcellanati ainda teve benesses como calçamento a paralelepípedo e asfalto em parte da indústria. Cito ainda as melhorias no acesso à indústria, na BR 304”, ressaltou.

A vereadora, ainda, lamentou não ter percebido antes que a intenção do grupo Itagres era conseguir financiamento junto ao Banco do Nordeste para realizar investimentos na matriz, localizada em Tubarão, Santa Catarina.

“Lamento não ter percebido antes a ação desse grupo em não ter a intenção de permanecer em Mossoró.

Não havia condições de uma indústria como a Porcellanati que precisava captar matérias primas longe de Mossoró, além de não termo um aeroporto e uma BR duplicada. Se tivesse percebido isso antes, tinha visto que se tratava de um golpe preparado tanto para o Banco do Nordeste, quanto para o estado e o município”, concluiu.
 
Câmara Municipal debate sobre Doações de Terrenos em Mossoró

Nesta quinta-feira, 5, a partir das 9h, a Câmara Municipal de Mossoró irá debater sobre as Doações de Terrenos no Município.

Levando em consideração as doações já realizadas pela Prefeitura de Mossoró que não obtiveram êxito, como a doação feita ao grupo Itagres para a construção da Porcellanati Revestimentos Cerâmicos, a vereadora Izabel Montenegro, propôs o debate.

“É lamentável ver terrenos como o doado à Porcellanati ir a leilão. São investimentos que vão para o ralo. E precisamos evitar isso, por este motivo é preciso debater nesta Casa temas como esses, para que futuramente não venhamos a passar por essa situação novamente”, disse Izabel.

Foram convidados para participar da discussão a Promotoria, OAB, CDL, Sindicatos, Acim, Secretarias de Desenvolvimento, e população de Mossoró.

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