Neste 08 de Março, Dia Internacional da Mulher, mulheres em todo o país ocuparão as ruas com o mote “Pela Vida das Mulheres: Bolsonaro Nunca Mais! Por um Brasil sem Machismo, Racismo e Fome”.
Em Mossoró, a principal atividade será na Praça do Pax, às 16h30, onde acontecerá o ato unificado, reunindo representações de diferentes movimentos sociais, sindicais e partidos políticos.
“Esse ano de 2022 será decisivo pro Brasil. Com as eleições presidenciais chegando, nós mulheres, que sempre estivemos nas trincheiras, temos a chance de derrotar Bolsonaro, e com isso, dizermos não ao machismo, ao neoliberalismo, ao negacionismo, e de construirmos o país que queremos, que coloque a sustentabilidade da vida como prioridade”, destaca Pluvia Oliveira, da Marcha Mundial das Mulheres.
Para ocupar as ruas, as mulheres se dividiram em dois blocos que sairão de pontos específicos e seguirão em passeata até a Praça do Pax para o grande ato.
Um bloco sairá da praça do Shopping Boulevard e outro que sairá do Centro Feminista 8 de Março, localizado na rua Desembargador Dionísio Filgueira, 519, Centro.
De acordo com Telma Gurgel, da Coletiva Motim Feminista, o 08 de Março vai ser um dia todo dedicado às mulheres nas ruas contra Bolsonaro.
“Vamos ter às 6h a Alvorada Feminista e à tarde um ato com todas as organizações feministas. Durante o ato teremos o artivismo, que é o conjunto de atividades artísticas de várias expressões. Além de ter, mais uma vez, a presença das mulheres em defesa da sua vida, contra Bolsonaro e pelo fim do feminicídio. É importante a presença de todos e todas que apoiam e, principalmente, das mulheres”, disse.
Michela Calaça, do Movimento de Mulheres Camponesas, afirma que é fundamental que as mulheres ocupem as ruas no dia 08 de março: “na Via Campesina haverá uma jornada de luta das mulheres que vai do dia 07 à 14 de março com ações de solidariedade, com lutas de rua e também espaços de formação política, mas no dia 08 é todas nas ruas. Em um ano tão importante, as mulheres darão seu recado de que vão derrubar Bolsonaro. Iremos pautar isso durante o ano todo, e agora em março vamos dar uma amostra da nossa força”.
Os movimentos que estão à frente do ato fazem um chamado a todas para se juntarem aos blocos e somar na luta pela vida das mulheres, contra o machismo, o racismo, o feminicídio, as desigualdades, o aumento do gás, do preço dos alimentos, da fome, do desemprego e toda essa crise econômica que só se agravou no governo Bolsonaro e que tem afetado de forma mais violenta a classe trabalhadora.
Fazem parte do processo de articulação o Movimento de Mulheres Camponesas, várias organizações da via campesina, a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Liga Brasileira de Lésbicas, secretarias de mulheres dos vários partidos de esquerda, a União Brasileira de Mulheres e demais organizações de nível local e nacional como o Núcleo de Estudos da Uern (NEM), Associação dos Professores da Ufersa (Adufersa), a Coletiva Motim Feminista, entre outras.