20 SET 2024 | ATUALIZADO 22:22
ECONOMIA
13/03/2022 17:10
Atualizado
13/03/2022 19:38

CAE convoca presidente da Petrobras para explicar reateamento de 101 bilhões aos acionistas

Requerimento no CAE foi apresentado pelo senador Potiguar Jean Paul Prates, observando que a norma da companhia é distribuir no máximo 25% dos lucros e o restante investir na estrutura da empresa. O senador também quer explicações sobre a nomeação do presidente do Flamengo para presidir o Conselho Administrativo da Petrobras e bonus milionários que estão sendo pagos aos diretores da companhia por eles mesmo
Requerimento no CAE foi apresentado pelo senador Potiguar Jean Paul Prates, observando que a norma da companhia é distribuir no máximo 25% dos lucros e o restante investir na estrutura da empresa. O senador também quer explicações sobre a nomeação do presidente do Flamengo para presidir o Conselho Administrativo da Petrobras e bonus milionários que estão sendo pagos aos diretores da companhia por eles mesmo
Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, a pedido do senador potiguar Jean Paul Prates, aprovou convocação do presidente da Petrobras, general Joaquim Luna e Silva, para explicar o rateamento de 101 bilhões do lucro da companha aos acionistas.

Além do general, o senador também convocou Rodrigo Araújo, diretor-executivo financeiro e de relacionamento com investidores da estatal; e Rodolfo Landin, presidente do Flamengo recém-indicado ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Também terá que comparecer ao CAE Rosangela Buzanelli Torres, que é conselheira representante dos trabalhadores da Petrobras. Eles vão explicar as razões pelas quais aprovaram distribuir 95% dos lucros da Petrobras aos acionistas e não 25%, como de costume.

O lucro da Petrobras, em 2020, foi de 7,11 bilhões, já considerado valor alto. Já em 2021, o lucro da Petrobras aumentou 1.400%, ou seja, foi de R$ 106 bilhões. Deste valor, 75% deste valor deveria ter ficado com a companhia para investir em sua estruturação no Brasil.

Entretanto, o Conselho Administrativo, formado por 11 pessoas, sendo que 7 indicadas por Bolsonaro, decidiram dividir não 25%, mas mais de 95% do lucro, ou seja, 101 bilhões aos acionistas, e gordas compensações aos diretores e presidente da companhia.

Este lucro absurdamente alto, segundo o senador Jean, que é especialista no assunto, é retirado do suor do brasileiro, devido a uma política de preços impostas ainda no Governo Temer e que foi mantida por Bolsonaro, com a paridade de preço internacional.

A data para o depoimento de Luna e Silva, o diretor e os conselheiros no CAE ainda não foi marcado, o que deve ocorrer esta semana.

O que o faz o brasileiro pagar mais pela gasolina

Para entender o quanto é prejudicial aos brasileiros a paridade de preços internacionais imposta pelo Governo Temer e mantido por Bolsonaro vamos abordar em dois ângulos.

No primeiro, os preços dos derivados de petróleo passam a ser reajustado Brasil conforme o preço do dólar e principalmente do barril de petróleo no mercado internacional, que, por sua vez, aumenta ou desce de acordo com o humor da geopolítica internacional.

O rompimento de um duto na Nigéria, faz aumentar o preço do barril de petróleo na bolsa de Nova Yorque e o brasileiro paga a conta ao abastecer o carro. O mesmo acontece se ocorrer uma geada forte nos Estados Unidos ou uma guerra como esta da Ucrânia.

No segundo ponto, não é justo que o brasileiro, em especial os mais humildes, paguem pelos derivados de petróleo o mesmo que o japonês, polonês, alemão, holandês, entre outros, considerando que o Brasil produz 100% do óleo que precisa e refina 90%.

O preço de produção de um barril de petróleo no Brasil vai de 30 a 40 dólares, enquanto o valor do derivado de petróleo vendido nos postos é calculado pelo preço do barril de petróleo no mercado internacional, que deve passar dos 120 dólares esta semana, em função da guerra.

Ainda nesta mesma linha de raciocínio, enquanto o brasileiro precisa usar 25% do salário-mínimo para encher o tanque do carro, em países que não produzem petróleo, como Japão, Holanda, entre outros, usam, no máximo, 5% do salário-mínimo para encher o tanque.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário