20 SET 2024 | ATUALIZADO 09:31
POLÍTICA
Cezar Alves - Da redação
14/11/2015 06:24
Atualizado
14/12/2018 03:55

Prefeito articula e evita demissão em massa na construção civil de Mossoró

Por falta de água, CAERN não liberava documentos garantindo abastecimento e a Caixa Econômica, por sua vez, não liberava recursos para os construtores dá proseguimentos a construção de casas
Cezar Alves

O presidente do Sindicato da Construção Civil (SINDUSCON), empresário Jorge do Rosário, acredita que até a próxima semana os construtores de Mossoró já vão está recebendo o documento da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) que permite receber financiamento para fazer empreendimentos pela Caixa Econômica Federal.

A garantia é do governador Robinson Faria, após interferência do prefeito Francisco José Junior, que levou os empresários de Mossoró a presença do governador, dos diretores da CAERN e também da Caixa. Havia o risco iminente de Mossoró perder pelo menos 2 mil empregos diretos, já em dezembro, se não houvesse estes financiamentos.

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A falta de água para novos empreendimentos em Mossoró era consequência da falta de investimento na captação e distribuição de água nos últimos 10 anos.  

A situação da Construção Civil em Mossoró, quando começou a crescer forte em 2009 (veja abaixo a razão), os construtores detectaram um problema grave, consequências de vários anos sem investir na ampliação do sistema de captação e distribuição de água por parte da CAERN. “Não havia água suficiente para a CAERN garantir abastecimento nas novas casas”, destaca.

Jorge do Rosário destacou que na época a então governadora Vilma de Faria e posteriormente o ex governador Iberê Ferreira, determinaram que a CAERN expedisse o documento aos construtores, que iriam dá um jeito de garantir água. A garantia era a construção da adutora para abastecer Mossoró, de forma complementar, com água da barragem de Santa Cruz.

Esta adutora até hoje não foi concluída. No início o Tribunal de Contas da União determinou a suspensão dos repasses para fazer a adutora por ter detectado fortes indícios de desvios de recursos públicos. Durante o governo Rosalba Ciarlini, o projeto foi refeito e a obra reiniciada, porém até hoje não foi concluída, deixando os construtores numa situação delicada.

Durante todo este tempo, não houve preocupação por parte do Governo do Estado ou da Prefeitura de Mossoró para que a CAERN fizesse o investimento necessário para garantir água aos novos empreendimentos residenciais de Mossoró, permitindo assim que os construtores tivessem recursos liberados na Caixa para construir novas casas.

Há poucas semanas, o prefeito Francisco José Junior, para evitar a demissão em massa em consequência das irresponsabilidades de gestores do passado, levou os construtores a presença do governador, em Natal. “Apresentamos o problema ao governador Robinson Faria e também a solução, diz o empresário Jorge do Rosário, enfatizando a importância da interferência do prefeito Francisco José Junior.

A solução apresentada foi os próprios empresários construírem os três poços profundos em Mossoró e liberar a água para a CAERN fazer a distribuição em Mossoró. Cada poço custa em média R$ 3,5 milhões. “Com R$ 10 milhões teríamos o problema resolvido pelos próximos 10 ou 15 anos. Para os empresários ter os recursos investidos de volta, a CAERN pagaria um percentual do custo da água aos construtores”, explica Jorge do Rosário, lembrando que o Sinduscon e a CAERN estão fechando os detalhes técnicos para iniciar a perfuração dos poços.

Em vídeo, Jorge do Rosário adianta mais informações

Histórico sobre a construção civil

Em entrevista exclusiva ao MOSSORÓ HOJE, Jorge do Rosário fez uma breve explanação sobre a construção civil em Mossoró. Lembra que em 2008, o então presidente Lula chamou os SINDUSCON de todo o Brasil e pediu um projeto de habitação. Nasceu aí o Programa Minha Casa Minha Vida 1. O cenário melhorou para a construção civil no Brasil.

Entretanto, o cenário mudou em 2014 e 2015, segundo Jorge do Rosário, quando o Governo Federal percebeu que havia contratado mais casas do que havia recursos para cobrir. Lançou aí o Minha Casa Minha Vida 1, que, ao contrário do primeiro que o mutuário fica com o imóvel pagando uma parcela de mais ou menos R$ 50,00, este é financiamento com juros baixos.

“Deu uma freada nos investimentos”, lembra Jorge do Rosário.  

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