28 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:50
NACIONAL
24/07/2022 17:05
Atualizado
24/07/2022 17:40

Emendas para área social ignoram os mais pobres e alimentam aliados de Bolsonaro

Rio Grande do Norte é o que menos recebe o benefício, apesar de está entre os estados mais pobres do País. As emendas do orçamento secreto somaram 16,5 bilhões em 2022 e para 2023 a previsão é de 21 bilhões. São usadas para irrigar redutos políticos de Artur Lira (PP), presidente da Câmara, e Ciro Nogueira (PP), Ministro da Casa Civil
Rio Grande do Norte é o que menos recebe o benefício, apesar de está entre os estados mais pobres do País. As emendas do orçamento secreto somaram 16,5 bilhões em 2022 e para 2023 a previsão é de 21 bilhões. São usadas para irrigar redutos políticos de Artur Lira (PP), presidente da Câmara, e Ciro Nogueira (PP), Ministro da Casa Civil

O Rio Grande do Norte, ao contrário do que prega o candidato ao senado federal Rogério Marinho, foi quem menos recebeu recursos para a área social do Governo Federal no Brasil.

A reportagem é da Folha de São Paulo, edição deste domingo, dia 24 de julho de 2022.

O gráfico (abaixo) produzido pela Folha com informações do Congresso Nacional, IBGE e FGV Social, mostra que os recursos foram destinados para os aliados de Bolsonaro no Congresso.

Reprodução da Folha


Os recursos deveriam ser destinados por critério de pobreza. Se assim tivesse ocorrido, as 10 cidades mais pobres do Brasil, que ficam no Nordeste, teriam sido beneficiadas.

Entretanto, na região Nordeste, apenas dois estados se destacaram: Alagoas, reduto eleitoral do presidente da Câmara Artur Lira (PP), e Piaui, do Ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP).

Destaca a Folha de São Paulo que estados como o Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, apesar de estarem entre os mais pobres, receberam menos do que três da região Sul.

No caso do Piaui e Alagoas, apesar de terem governadores desafetos do presidente Bolsonaro, os recursos foram enviados para apadrinhados políticos de Artur Lira e Ciro Nogueira.

A reportagem analisa a situação de duas cidades pobres: Roteiro, em Alagoas, e Cacimbas, na Paraíba. Enquanto a primeira recebeu recursos, a segunda não sabe nem do que se trata.

O fato de o prefeito de Roteiro ser Alyson Reis, do PP, aliado de Artur Lira, foi crucial para receber os recursos para a área social, enquanto Cacimbas, na Paraíba, não recebeu nada.

Já o prefeito de Cacimbas, Nilton de Almeida, é do PSDB, aliado do governador João Azevedo, desafeto politico do presidente Bolsonaro, que apoia, na PB, Nilvan Ferreira, do PL.

Entre os estados, o Rio Grande do Norte está na lista do IBGE como o mais pobre, porém é o que menos recebeu recursos na área social do Governo Federal.

Os recursos drenados para redutos eleitorais pelos congressistas que apoiam o Governo Bolsonaro são do chamado “orçamento secreto”, denunciado pelo Jornal Estadão.

O valor rateado (está no Orçamento Geral da União) entre os parlamentares aliados de Bolsonaro em 2022 foi R$ 16,5 bilhões e para 2023, a previsão é de R$ 21 bilhões. Confira reportagem sobre orçamento secreto no G1.

Este valor, que supera e de vários ministérios, é rateado entre os parlamentares na medida que eles vão aprovando projetos de interesse do Governo, mesmo que seja contra as necessidades da população, assim como evita levar a diante os 145 pedidos de CPI contra o presidente Bolsonaro por inúmeras irregularidades e indícios de crimes contra à pátria.


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