20 SET 2024 | ATUALIZADO 22:22
ECONOMIA
07/09/2022 20:57
Atualizado
07/09/2022 21:11

Meirelles diz que exportações é o caminho para melhorar a economia

Em entrevista a Rádio Difusora de Mossoró, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse que, para a economia crescer , gerando benefício ao cidadão, primeiro será preciso estabilidade política no Brasil, o Governo respeitar o teto de gastos, controlar a questão fiscal, fazendo, assim, a inflação cair, o preço do dólar também cair, e isto vai abrir as portas do crescimento da economia brasileira, efetivamente em benefício do brasileiro.
Em entrevista a Rádio Difusora de Mossoró, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse que, para a economia crescer , gerando benefício ao cidadão, primeiro será preciso estabilidade política no Brasil, o Governo respeitar o teto de gastos, controlar a questão fiscal, fazendo, assim, a inflação cair, o preço do dólar também cair, e isto vai abrir as portas do crescimento da economia brasileira, efetivamente em benefício do brasileiro.
FOTO: reprodução/henriquemeirelles.com.br

O economista Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central nos Governos de Lula e Temer, vê o boom das comodities brasileiras como saída para melhorar a economia, assim como aconteceu quando assumiu o Banco Central em 2003, no primeiro Governo Lula.

Meirelles, que está na Europa vendo novas tecnologias, foi entrevistado por Wellington Morais, no programa Boa Noite Cidade, da Rádio Difusora de Mossoró, nesta quarta-feira, 7. “Estamos aqui, na reunião do Conselho Global, vendo a questão da regulação das criptomoedas”, diz.

Wellington Morais lembrou que em 2003, a economia brasileira conseguiu se erguer a partir das exportações dos produtos (comodities) brasileiros para o exterior, algo que está acontecendo neste momento, mas que isto não se reverter em benefício ao brasileiro.

Meirelles explicou os motivos. Segundo ele, em 2003, quando assumiu, foi possível controlar a inflação, estabilizar a economia, controlar a questão fiscal, assim, com as exportações, entrava muito dólar no Brasil, o que fez esta moeda cair de preço no mercado nacional. Com a queda do dólar, segundo Meirelles, permitiu que o Brasil crescesse.

Entretanto, no atual momento, o boom das comodities não está tendo o mesmo efeito, porque segundo ele, existe instabilidade de governo, com as declarações de presidente Bolsonaro a democracia, o teto de gastos não está sendo respeitado, a inflação está alta, assim, o preço do dólar se mantém alto no Brasil, e a economia não cresce.

Meirelles destacou que quando o Governo Brasileiro conseguir estabilizar a administração pública, respeitar o teto de gastos, procurar reverter a questão ambiental, que é motivo de preocupação no mundo todo, controlar a inflação, fazendo assim baixar o dólar, vai voltar a crescer do mesmo jeito que aconteceu de 2003 a 2010, quando esteve à frente do Banco Central. Naquela época, o Brasil chegou a ser sexta economia do mundo.

“O teto de gastos é fundamental porque ele ataca a raiz do problema. A incerteza fiscal geral inflação, gera custo alto nos alimentos”, diz Henrique Meirelles, lembrando que o mundo está vendo o atual momento politico do Brasil com muita preocupação, assim como também a questão ambiental, com a destruição da Amazônia. “Isto também precisa ser superado”, diz.

Sobre as ameaças a democracia, Henrique Meirelles respondeu com uma frase de Winston Churchill. “democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais”. Ainda segundo o ex-presidente do Banco Central, o cidadão precisa refletir bem para votar no dia 2 de outubro, escolhendo senadores, deputados federais e estaduais, governadores e presidente da república.

Sobre voltar ao comando do Banco Central, Henrique Meirelles disse que primeiro é preciso acontecer as eleições. Havendo o convite, ele disse que faz do mesmo jeito que fez em 2003, avalia as condições e diz se aceita ou não.  Porém, disse que não gosta de tratar de suposições. Prefere de fatos concretos. Sobre as criptomoedas, Meireles disse que a regulamentação precisa acontecer, através dos bancos centrais. 

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