O clima de Copa do Mundo já começa a dominar o país. Afinal, no dia 24 de novembro, a Seleção Brasileira estreia na competição contra a Sérvia pelo Grupo G, no Lusail Stadium, luxuosa arena que será também palco da grande decisão, em 18 de dezembro.
Restando pouco mais de um mês para o início do Mundial 2022, a equipe comandada pelo técnico Tite chegará ao Catar como uma das favoritas ao título, tanto na opinião de torcedores e jornalistas especializados quanto nas listas das casas de apostas. Com uma cotação de 5,00, o time canarinho é seguido de perto pela Argentina, França e Inglaterra, todas com 7,50 (11/10).
Para embalar de vez a torcida pelo hexa, que tal refrescar a memória com as mais emocionantes vitórias do Brasil na maior competição de futebol do planeta? Do primeiro título ao pentacampeonato, cinco jogos ficaram marcados para sempre na história da Seleção.
O estádio Rasunda, em Solna, região metropolitana de Estocolmo, foi o palco do primeiro título do Brasil em Copas do Mundo. Mais do que o ineditismo da conquista no torneio, o jogo ficou marcado pela maior goleada já aplicada em um final de Mundial e pelo desempenho encantador da Seleção, em especial de um jovem de apenas 17 anos chamado Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Naquele 29 de julho de 1958, o camisa 10 brasileiro deu um verdadeiro show em campo e marcou dois gols, um deles antológico. Depois de receber cruzamento de Nilton Santos, Pelé dominou a bola no peito, deu um chapéu no defensor Gustavsson e, sem deixar a redonda cair, arrematou para o fundo das redes. Era o terceiro tento do Brasil na partida e ali não restavam dúvidas: o troféu e a coroa de Rei já tinham donos.
Considerada por muitos especialistas a mais brilhante atuação de uma equipe de futebol na história, a vitória brasileira na decisão da Copa do Mundo do México, no estádio Azteca, perdura até hoje como símbolo de um estilo de jogo único imposto pelos jogadores tupiniquins.
Os gols da seleção nacional foram marcados por Pelé, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres. Este último após uma famosa troca de passes, passando a bola por praticamente todos os atletas do Brasil em campo, até Pelé rolar para o capitão do time chegar em velocidade e bater cruzado e selar o terceiro título mundial.
Diferentemente do que acontecera em outras edições, a Seleção Brasileira chegou aos Estados Unidos cercada de críticas e dúvidas para a disputa do Mundial. Apesar disso, o time comandado por Carlos Alberto Parreira foi se firmando a cada jogo e nas quartas de final encarou o grande desafio daquela campanha.
Se faltou emoção no primeiro tempo, a etapa final no The Cotton Bowl Stadium, em Dallas, foi de tirar o fôlego. Jogando muito, o Brasil abriu 2 a 0, com Romário e Bebeto, mas viu os adversários empatarem a 15 minutos do fim, aumentando a tensão. Até que, aos 36 minutos, o lateral esquerdo Branco (que substituía o suspenso Leonardo) bateu falta de longe, Romário se curvou inteiro para desviar da bola, ela tocou no pé da trave e entrou. Um gol improvável e o Brasil seguia rumo ao tetra.
Quatro anos depois, Brasil e Holanda se reencontraram em Marselha (França) para disputarem uma vaga na decisão do Mundial. Motivados para darem o troco, os holandeses novamente dificultaram a vida do time de Zagallo e transformaram aquele jogo em uma das vitórias mais inesquecíveis da Seleção em Copas.
Depois do emocionante empate por 1 a 1 no tempo normal (gols de Ronaldo e Kluivert) e de passarem em branco na prorrogação (no formato de gol de ouro), as equipes foram para decisão por pênaltis. Desta vez, quem brilhou foi o goleiro Taffarel, que defendeu as cobranças de Phillip Cocu e Ronald de Boer para levar o Brasil pela segunda vez consecutiva a uma final de Copa do Mundo.
Muito mais do que o memorável gol de falta de Ronaldinho Gaúcho, a partida de quartas de final contra a Inglaterra, em Fukuroi (Japão), foi o grande marco da campanha do pentacampeonato no aspecto moral. Assim como em 1994, o time de Felipão chegou desacreditado na Ásia, mas foi ganhando força e atingiu o ápice da confiança após derrotar o badalado elenco inglês.
Após sair atrás, a Seleção Brasileira não se abateu e foi buscar o resultado. Primeiro em grande jogada de Ronaldinho para o tento de Rivaldo, no último lance da etapa inicial. Depois, com o inesquecível golaço de falta do Bruxo logo aos cinco minutos do segundo tempo. Com um jogador a menos por mais de meia hora (o camisa 11 foi expulso sete minutos depois de virar o jogo), o Brasil se segurou e garantiu o triunfo heroico na jornada para o quinto título.