“Foi um crime profissional”. A declaração foi feita pelo comandante da Polícia Militar de Apodi, o capitão PM Marcos Carvalho, ao ser questionado sobre o latrocínio que vitimou o comerciante Antônio Leão da Silva, de 74 anos.
Também conhecido como “Teté de Ademar”, o comerciante foi morto a pauladas e teve seu corpo queimado por fios elétricos na manhã de sexta-feira (20), dentro de sua residência em Apodi, na região Oeste do Rio Grande do Norte.
De acordo com Carvalho, o crime continua sem suspeitos. Nenhuma pista foi deixada no local pelos criminosos. A Polícia Militar está trabalhando junto com a Polícia Civil para solucionar o caso.
No final de semana, uma denúncia anônima apontou a jovem Gilnaria Leite da Silva, mais conhecida por “Lagartixa”, e outros dois homens, como suspeitos do crime, entretanto nada foi confirmado.
“Ligaram pra cá dizendo que ela tava com os bolsos cheios de dinheiro. Nós levamos ela até a delegacia, ela prestou depoimento, mas nada foi encontrado”, contou o comandante da PM.
A morte do comerciante “Teté de Ademar” causou comoção nos moradores da cidade, pela brutalidade como foi cometida. A dona de casa conhecida como Bahia de Frederico, moradora do bairro Lagoa Seca, conversou com a reportagem do MOSSORÓ HOJE durante o final de semana e disse que se sentiu chocada com o crime.
“Foi uma morte muito bárbara, meu Deus. Como é que alguém faz aquilo? Aqui em Apodi teve três mortes bárbaras. Uma foi de ‘Rincha’, que foi esfaqueado com uma tesoura. Outra foi de Wilson, não sei se você se lembra, e a terceira foi essa agora de Teté de Ademar”, detalhou a dona de casa.
O capitão Carvalho informou ainda que, no assalto ao comerciante “Teté de Ademar”, foram levadas duas armas do comerciante e uma grande quantidade de dinheiro. Indagado sobre a possibilidade de câmeras de segurança dos comércios vizinhos terem flagrados a entrada e saída dos criminosos, ele destacou que nenhuma capturou imagens dos suspeitos.
“Foi um crime profissional”, concluiu.
O caso está sendo investigado pelo delegado de Polícia Civil do município, Renato Oliveira, com o apoio da PM. A polícia pede a quem tenha visto alguma movimentação suspeita ou algum suspeito na área, que entre em contato através dos telefones: (84) 9 9677-6004 e 190. Não é necessário se identificar.