A Polícia Federal concluiu que o homem conhecido como ‘Colômbia’, foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.
Ruben Dario da Silva Villar foi preso em julho de 2022 por uso de documento falso e por suspeita de envolvimento em uma quadrilha de pesca ilegal no Vale do Javari, no Amazonas. Ele chegou a ser solto em outubro depois de pagar fiança, mas foi preso de novo em dezembro, depois de descumprir condições impostas pela Justiça para a liberdade provisória.
O indigenista Bruno Pereira comandava uma série de apreensões de carregamentos de peixes capturados de áreas indígenas e, segundo a Polícia Federal, esta seria a motivação do crime. Ainda segundo as investigações, o jornalista Dom Phillips foi morto porque acompanhava o indigenista.
“Na véspera do crime, tem ligação dele para os suspeitos. Durante, no dia do crime, várias ligações telefônicas também para um dos criminosos. Além disso, ele forneceu a munição que foi usada no assassinato, além das embarcações para pesca ilegal. E além disso nós temos também o pagamento que ele realizou para o advogado do Amarildo”, afirma o superintendente da PF/AM, Eduardo Fontes.
Além de ‘Colômbia”, estão presos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como ‘Pelado’ e Jefferson da Silva Lima, que confessaram terem atirado em Bruno e Dom. Também está preso Oseney da Costa Oliveira, que nega a participação no crime. Ele é irmão de Amarildo.
A Polícia Federal indiciou, nesta segunda-feira (23), mais um irmão de Amarildo, Edvaldo, por participação nas mortes. Ele vai responder em liberdade.
Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição no Vale do Javari. Eles foram vistos pela última vez no dia 5 de junho, navegando perto da comunidade de São Rafael. De lá, seguiriam para Atalaia do Norte.
A viagem deveria durar cerca de horas, mas eles nunca chegaram ao destino. A polícia achou os corpos depois de Amarildo confessar envolvimento nos assassinatos e indicar o local onde os restos mortais estavam enterrados.
As defesas de Colômbia, de Jefferson da Silva Lima e de Oseney da Costa Oliveira disseram que ainda não tiveram acesso aos autos da investigação. A equipe do Jornal Nacional não conseguiu contato com os advogados dos outros citados.