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ECONOMIA
Da redação / Com informações do Valor Econômico
01/12/2015 07:13
Atualizado
13/12/2018 03:16

Economia: PIB brasileiro cai 1,7% no terceiro trimestre de 2015

É o terceiro recuo trimestral consecutivo da atividade econômica do país e o mais intenso para o período desde o início da série do instituto, em 1996.
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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve queda de 1,7% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o terceiro recuo trimestral consecutivo da atividade econômica do país e o mais intenso para o período desde o início da série do instituto, em 1996. No segundo trimestre, a economia se retraiu 2,1%, ante o período entre janeiro e março, após revisão. Inicialmente, a queda informada foi de 1,9%.

O resultado de julho a setembro veio pior que a média apurada junto a 17 consultorias e instituições financeiras, de queda de 1,3%. As projeções variaram de recuo de 0,9% a contração de 1,9%. No intervalo, a Agropecuário declinou 2,4%, a Indústria perdeu 1,3% e os Serviços diminuíram 1%.

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira teve queda de 4,5%, o sexto recuo consecutivo nesse confronto e o pior desde 1996. O mercado esperava, em média, retração de 4,2%. Nos 12 meses terminados em setembro, o PIB cedeu 2,5%, a queda mais expressiva desde o início da série. Nos nove primeiros meses de 2015, houve retração de 3,2%, a mais significativa da série do IBGE.

Em valores correntes, o PIB somou R$ 1,481 trilhão, sendo R$ 1,267 trilhão referente ao Valor Adicionado e R$ 214,2 bilhões relativos aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Oferta
No lado da oferta, a indústria teve retração de 1,3% no terceiro trimestre, na comparação com o período entre abril e junho, resultado acima da média de queda de 2,6%. O setor de serviços teve contração de 1% no período. Em média, esperava-se diminuição de 0,8%.

Já o PIB da agropecuária caiu 2,4%, contrariando resultado calculado por especialistas, que seria de aumento de 0,2%.

Demanda
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias diminuiu 1,5% no terceiro trimestre deste ano, ante o período imediatamente anterior. A estimativa média era de retração de 0,9%.

A demanda do governo subiu 0,3%, ante expectativa de estabilidade.

Já a formação bruta de capital fixo (FBCF, que representa o investimento em máquinas, equipamentos, em construção e pesquisa) caiu 4% ante o segundo trimestre, quando tinha declinado 6,6% (dado revisado). Foi o nono trimestre consecutivo de retração. A expectativa era de redução de 3,8%. No confronto com o período de julho a setembro de 2014, houve decréscimo de 15%.

No setor externo, as exportações diminuíram 1,8%, enquanto as importações cederam 6,9% no terceiro trimestre, perante os três meses antecedentes. A estimativa média era de queda de 1,4% nas exportações e recuo de 6,4% nas importações.

Taxa de investimento e de poupança
A taxa de investimento correspondeu a 18,1% do PIB no terceiro trimestre deste ano, inferior àquela apurada em mesmo período do calendário anterior, de 20,2%.

Quanto à taxa de poupança, equivaleu a 15% nos três meses terminados em setembro, ante 17,2% um ano antes.

Necessidade de financiamento
De julho a setembro, a necessidade de financiamento do país correspondeu a R$ 39,9 bilhões, contra R$ 60,2 bilhões no terceiro trimestre de 2014. Essa queda foi causada pela redução de R$ 25 bilhões no déficit externo de bens e serviços, que passou de R$ 33 bilhões entre julho e setembro de 2014 para R$ 8 bilhões em igual período deste ano.

Em compensação, a renda líquida de propriedade enviada ao resto do mundo cresceu R$ 6,2 bilhões, passando de R$ 28,7 bilhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 34,8 bilhões entre julho e setembro deste ano.

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