27 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:53
SAÚDE
17/03/2023 16:41
Atualizado
17/03/2023 16:41

Oncologista ressalta a importância do diagnóstico precoce para o tratamento do câncer de intestino

Conforme Flávio Dias de Oliveira, oncologista do Hapvida NotreDame Intermédica, este “é um tipo de câncer tratável e, na maioria dos casos, curável, se detectado precocemente”. Segundo o especialista, pacientes a partir dos 50 anos, com excesso de peso corporal e alimentação não saudável correm mais riscos. Quem tem histórico familiar de câncer de intestino deve ampliar a prevenção. Câncer no ovário, útero ou mama também são fatores de risco.
Oncologista ressalta a importância do diagnóstico precoce para o tratamento do câncer de intestino. Conforme Flávio Dias de Oliveira, oncologista do Hapvida NotreDame Intermédica, este “é um tipo de câncer tratável e, na maioria dos casos, curável, se detectado precocemente”. Segundo o especialista, pacientes a partir dos 50 anos, com excesso de peso corporal e alimentação não saudável correm mais riscos. Quem tem histórico familiar de câncer de intestino deve ampliar a prevenção. Câncer no ovário, útero ou mama também são fatores de risco.
FOTO: REPRODUÇÃO

Nos últimos meses, casos de câncer de intestino entre celebridades chamaram a atenção da população para a doença. Foi uma das causas da morte do ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, Pelé, de 82 anos, e do ex-jogador Roberto Dinamite, de 68 anos. Conforme Flávio Dias de Oliveira, oncologista do Hapvida NotreDame Intermédica, o diagnóstico precoce é um dos principais fatores para o tratamento do câncer de intestino. “É um tipo de câncer tratável e, na maioria dos casos, curável, se detectado precocemente”, afirma.

“O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal”, diz. Grande parte desses tumores se origina de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Segundo o oncologista, pacientes a partir dos 50 anos, com excesso de peso corporal e alimentação não saudável correm mais riscos. Quem tem histórico familiar de câncer de intestino deve ampliar a prevenção. Câncer no ovário, útero ou mama também são fatores de risco.

O cuidado inclui pessoas que tiveram enfermidades inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn; e doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). “Nesses casos, o acompanhamento deve ser individualizado”, recomenda.

A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Profissionais do ramo da radiologia – tanto industrial como médica – devem estar mais atentos.

No cotidiano, o consumo de carnes processadas deve ser evitado, numa lista que inclui salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, peito de peru e salame. “A ingestão excessiva de carne vermelha, acima de 500 gramas de carne cozida por semana, também aumenta o risco”, afirma o médico. Bebidas alcoólicas e tabagismo devem ser evitados.

“Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, além de grãos e sementes”, orienta o médico.

Esse padrão, rico em fibras, ajuda o intestino a funcionar melhor e a manter o peso corporal. “No caso da atividade física, a pessoa deve movimentar-se diariamente ou, pelo menos, ou na maior parte da semana”, afirma.

Os sintomas frequentemente associados à doença incluem sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal, com diarreia e prisão de ventre alternados; dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; e perda de peso sem causa aparente.

“Esses sinais também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose e úlcera gástrica, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico. Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que sejam investigados por um médico, principalmente, se não melhorarem em alguns dias”, alerta.


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