28 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:50
ESTADO
31/05/2023 18:56
Atualizado
31/05/2023 19:33

Policial Penal pede retratação pública da SEAP por expor seu nome e imagem

O policial penal Fabrício Amaro chegou a ser afastado temporariamente das funções após ser flagrado com duas presas transexuais em novembro de 2022. Após ser inocentado do caso, ele apresentou sua versão dos fatos. Segundo Amaro, houve sim a retirada das internas da cela nos dias 3 e 8 de novembro, no entanto, os motivos foram para preservá-las e apurar possíveis condutas de coação por parte de outros agentes que atuam na unidade. “Exijo que o presente caso seja apurado com a devida seriedade, a fim de esclarecer as razões pelas quais a nota divulgada pela Assessoria de Imprensa diverge totalmente dos fatos ocorridos”, diz a nota.

O policial penal Fabrício Amaro, inocentado pela suposta retirada de mulheres trans no presídio Ceará-Mirim em novembro de 2022, se pronunciou na tarde desta quarta-feira (31) por meio de nota.

Com o encerramento do processo administrativo disciplinar, o policial penal foi inocentado e apresentou sua versão dos fatos.

Fabrício Amaro relata que no dia 03/11/22, uma denúncia de duas internas que relataram estar sendo coagidas a forjar provas contra dois policiais. No dia 8/11/22, ele conduziu essas internas até a delegacia com o objetivo de permitir que formalizassem uma denúncia de coação supostamente realizada por um policial da inteligência da unidade prisional. Segundo o policial, a atuação teve como objetivo assegurar o direito dessas internas e garantir que a denúncia fosse devidamente registrada e investigada.

Confira a Nota

De forma inexplicável e irresponsável, a Assessoria de Imprensa da SEAP divulgou uma nota em que expôs publicamente minha imagem e nome, enquanto o policial da inteligência, acusado de coação, permaneceu oculto. Essa distorção da informação causou graves danos a minha pessoa, tanto financeiramente quanto psicologicamente, além de afetar negativamente minha imagem pessoal e profissional.

É importante salientar que o policial acusado de coação é o mesmo que coletou imagens minhas no sistema de videomonitoramento da unidade, as mesmas imagens que foram para a imprensa, só que editadas de forma totalmente tendenciosa. Além disso, durante a ação, ele estava acompanhado da chefe de disciplina da unidade, a policial penal Regina.

Diante desses fatos, exijo que o presente caso seja apurado com a devida seriedade, a fim de esclarecer as razões pelas quais a nota divulgada pela Assessoria de Imprensa diverge totalmente dos fatos ocorridos. É fundamental identificar e responsabilizar os autores por essa distorção da verdade, incluindo, de forma preliminar: o policial acusado de coação; a chefe de disciplina Regina, presente no momento em que minhas imagens foram coletadas e possivelmente editadas; o chefe de segurança da unidade, o policial penal Manoel Vitor, que deu depoimentos no PAD que precisam ser verificados; o vice-diretor da unidade, o policial penal Thiago Calado, que argumentou no documento do meu afastamento que eu estava sendo afastado por contar minha versão aos meus colegas de trabalho, trazendo transtornos à unidade; e o diretor na época, o policial penal José Carlos, que negou a saída da escolta para a delegacia.

Exijo uma investigação minuciosa para apurar se a elaboração da nota foi baseada em informações erradas ou se houve uma intenção premeditada de difamar minha imagem. É fundamental que essa questão seja esclarecida e que todas as medidas necessárias sejam tomadas para identificar e responsabilizar os responsáveis por essa divulgação, que, na prática, foi um ataque midiático, que teve como alvo minha integridade e reputação.

É oportuno que a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) emita uma nota de retratação, esclarecendo os fatos de acordo com a realidade dos acontecimentos, as provas anexadas nos Processos Administrativos Disciplinares que trataram do caso


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