20 SET 2024 | ATUALIZADO 15:58
POLÍCIA
Da redação
13/12/2015 07:12
Atualizado
13/12/2018 02:43

Preso de Justiça é morto em Mossoró; suspeito é preso e confessa crime

Suspeito contou que matou para vingar a morte de um filho ocorrido há seis anos atrás. Disse que sofria chateações e ameaças da vítima
O Camera

O preso de justiça Caio Cézar Pereira da Silva, de 27 anos, foi executado com três tiros na madrugada deste domingo (13), em um bar perto do Hotel Normandi, no Grande Alto São Manoel, em Mossoró.

O principal suspeito do crime, o operadora de máquinas e estudante de edificações Luiz Justino da Silva, de 34 anos, foi detido por um segurança e confessou o crime na delegacia.

Segundo o delegado Antônio Teixeira Júnior, da Delegacia de Plantão, o assassinato teria sido motivado por vingança. Isso por que o suspeito Luiz Justino contou que matou para vingar a morte de um filho (Victor Rodrigo Nunes Mendes, de 14 anos)  ocorrido no natal de 2009, na favela do Pirrichil.

Victor Rodrigo foi morto com tiros na cabeça quando dormia em casa por Caio Cézar Pereira da Silva. Motivo: um grupo de crianças teriam encontrado Caio Cesar dormindo num local lá na favela e teriam pintado o rosto dele. Caio entendeu que havia sido Victor Rodrigo e o matou com tiros na caveça.

Caio Cesar foi a julgamento popular em 2011 e pegou 7 anos de prisão em regime semi aberto. No caso, o Conselho de Sentença entendeu que se tratou de homicídio simples e aprovou sentença como tal, ou seja, 7 anos.

Após a morte de Victor Rodrigues, Luiz Justino disse que ficou totalmente desestruturado, tanto ele como a esposa a servidora do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFs) Cimário Patricia Rodrigues Mendes, com quem tem outro filho, hoje com 17 anos.

Disse que as vezes, não aguentava ficar em casa durante à noite. Saía andando de moto pela cidade. Na madrugada desta domingo, disse que ao passar pelo Hotel Normandi, percebeu o assassino do filho e não aguentou. Deu dois tiros nele e terminou preso pelo segurança de uma empresa particular e levado pela Polícia Militar para a Delegcia de Plantão, onde terminou autuado por homicídio.

Luiz Justino será submetido a Audiência de Custódia na tarde deste domingo, às 15h, no Fórum Municipal Silveira Martins. Na ocasião, o juiz e o promotor vão ouvir a versão de Luiz Justino, as razões e analisar documentos de que ele estuda edificações, tem carteira assinada como operador de máquinas, que teve o filho assassinado e que Caio César ficava o chateando e o ameaçando-o na favela do Pirrichil.

No caso de o juiz entender que Luiz Justino representa um perigo a sociedade, deverá ser encaminhado a uma das unidades prisionais de Mossoró, onde aguardará a decisão posterior da Justiça. O corpo de Caio Cézar foi removido pelo ITEP para ser examinado na sede.

Este foi o crime de homicídio de número 152 na cidade de Mossoró durante o ano de 2015, e será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios (DEHOM) da cidade.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário