19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
SAÚDE
Da redação
28/03/2015 09:04
Atualizado
14/12/2018 06:39

As ameaças não eram só pra mim , diz Dinorá Simas

A diretora da Penitenciária de Alcaçuz falou também sobre os possíveis motivos do início das rebeliões no RN
Reprodução/You tube

Após os motins que tomaram 14 das 33 penitenciárias do Estado, nas últimas semanas, a diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde se iniciou as rebeliões, Dinorá Simas, fala detalhadamente sobre tudo o que aconteceu antes e durante as rebeliões dos presos no RN.

Em entrevista a TV Mix Brasil, Dinorá relata as ameaças que sofreu, os possíveis motivos das rebeliões e rotina na Penitenciária de Alcaçuz.

Segundo ela “as ameaças não eram só pra mim, mas envolveram o próprio juiz [Henrique Baltazar], a vara de execução e o sistema de segurança do Rio Grande do Norte como um todo”.

Com um semblante tranquilo, uma voz em tom de cansaço e vestida com o fardamento oficial do presídio, Dinorá conta que não entende o motivo das reclamações dos presos, exigindo a sua saída.

Para ela “esse era apenas uma desculpa para as rebeliões, que já estavam sendo pensadas, sinceramente não vejo motivos para pedirem minha demissão”.

Dinorá relata ainda que apesar das deficiências apresentadas pelo sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, a direção da penitenciária de Alcaçuz tenta realizar o trabalho da forma justa.

“Procuro fazer as coisas corretas, procurando respeitar os direitos deles junto com o Judiciário e o Ministério Público, o que eu não posso é ver materiais, como droga e celulares, entrando no presídio, e fingir que não estou vendo”, declara a diretora.

A diretora informa também que as visitas íntimas, um dos supostos motivos para o início das rebeliões por parte dos presos, só foram canceladas no pavilhão 1 da penitenciária de Alcaçuz.

O cancelamento, segundo ela, foi necessário por conta de uma reforma, resultado de um túnel que estava sendo feito pelos presidiários.

Dinorá disse também que os motins se configuraram como uma forma de revolta dos presos por conta das inúmeras apreensões de materiais feitas pelos agentes penitenciários.

“Eu quero ajudar, quero um sistema melhor, e tento fazer o melhor dentro da lei”, finaliza a diretora.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário