08 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
POLÍCIA
DA REDAÇÃO E COM INFORMAÇÕES DO METRÓPOLES
05/01/2024 17:38
Atualizado
05/01/2024 17:38

PF abre investigação sobre venda da refinaria da Bahia a fundo Árabe

A RLAM foi vendida em novembro de 2021 por US$ 1,65 bilhão ao Mubadala Capital, subsidiária do fundo soberano Mubadala, controlado pela família real dos Emirados Árabes Unidos. Segundo a análise da CGU, a avaliação da refinaria, feita em meio à pandemia de Covid-19, concluiu por um valor abaixo do preço de mercado. O material será analisado levando em consideração outros elementos obtidos pela PF nas investigações sobre jóias e presentes dados por governos estrangeiros ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta sexta (5), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates confirmou que já há “procedimento administrativo instaurado para avaliação desse negócio específico”.
PF abre investigação sobre venda da refinaria da Bahia a fundo Árabe. A RLAM foi vendida em novembro de 2021 por US$ 1,65 bilhão ao Mubadala Capital, subsidiária do fundo soberano Mubadala, controlado pela família real dos Emirados Árabes Unidos. Segundo a análise da CGU, a avaliação da refinaria, feita em meio à pandemia de Covid-19, concluiu por um valor abaixo do preço de mercado. O material será analisado levando em consideração outros elementos obtidos pela PF nas investigações sobre jóias e presentes dados por governos estrangeiros ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta sexta (5), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates confirmou que já há “procedimento administrativo instaurado para avaliação desse negócio específico”.

A Polícia Federal analisa o relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que aponta falhas no processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, pela Petrobras durante o governo Bolsonaro, conforme revelou a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, nesta quinta-feira (4).

Segundo a análise da CGU, a avaliação da refinaria, feita em meio à pandemia de Covid-19, concluiu por um valor abaixo do preço de mercado.

A RLAM foi vendida em novembro de 2021 por US$ 1,65 bilhão ao Mubadala Capital, subsidiária do fundo soberano Mubadala, controlado pela família real dos Emirados Árabes Unidos. Rebatizada como Refinaria de Mataripe, a RLAM é gerida atualmente pela Acelen, empresa criada pelo fundo para administrar o empreendimento.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, encaminhou a auditoria da CGU à Diretoria de Inteligência Policial da corporação.

O material será analisado levando em consideração outros elementos obtidos pela PF nas investigações sobre joias e presentes dados por governos estrangeiros ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Emirados Árabes Unidos, país dos compradores da refinaria baiana, são citados na apuração.

Em visitas aos Emirados em 2019 e 2021, Bolsonaro foi presenteado por integrantes da família real local com objetos de alto valor, como um relógio de mesa cravejado de diamantes, esmeraldas e rubis e três esculturas, das quais uma de ouro, prata e diamantes.

Da viagem ao país em outubro de 2019, Bolsonaro também voltou ao Brasil trazendo no avião presidencial um fuzil calibre 5,56 mm e uma pistola, 9 mm, dados a ele pelos governantes dos Emirados. O armamento foi devolvido pelo ex-presidente por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU).

O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, havia publicado, na quinta-feira (4/1), em sua conta no X (antigo Twitter), que “a PF já teve acesso ao relatório, que inclusive já está publicado na página da CGU”.

A postagem de Carvalho foi feita em resposta a uma publicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, que disse ser “importante esclarecer se há alguma conexão com o episódio das joias, já sob investigação da Polícia Federal”.

“Na liderança da oposição no Senado, fizemos inúmeras denúncias das inconsistências dessa privatização, em claro prejuízo ao patrimônio público e aos consumidores brasileiros”, escreveu o chefe da AGU.

Após a divulgação da notícia pela coluna do Metrópoles, bem como por outros veículos, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, escreveu em sua conta na rede social X, que a questão está sob avaliação da Petrobras, em diálogo com os órgãos de controle e que já há “procedimento administrativo instaurado para avaliação desse negócio específico”.


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