Ao desembarcar em Mossoró, ter um breve diálogo com as autoridades locais, o ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça falou em crise no sistema prisional gerada pela fuga de Tatu e Martelo é dificuldade momentânea e que, em breve, com apoio de todos, será resolvido.
Lewandowski desembargou no jato da Força Aérea Brasileira por volta das 9h30 no Aeroporto Dix Sept Rosado, onde foi recebido pela Governadora Fátima Bezerra, o prefeito Allyson Bezerra, de Mossoró, e a prefeita Divanise Oliveira, de Baraúna-RN.
Haviam um batalhão de repórteres de várias partes do Brasil no Aeroporto Dix Sept Rosado, querendo ouvir o ministro, mas ele optou por ir direto para a sede da Delegacia da Polícia Federal, que está apurando como se deu, precisamente, a fuga do Presídio Federal.
Na sede da PF, segundo relatou a assessoria, o ministro conversou com o prefeito Allyson Bezerra, com a prefeita Divanise Oliveira, de Baraúna, e com a governadora Fátima Bezerra, além de autoridades das forças de segurança do Estado e da União em Mossoró.
Foi preparado um local pequeno, na recepção da Delegacia da Polícia Federal, para o ministro Ricardo Lewandowski e a governadora Fátima Bezerra, falar a respeito da visita. O ministro destacou que veio a Mossoró a convite da Governadora Fátima Bezerra.
“Nós viemos aqui a esta dinâmica e operosa cidade de Mossoró a convite da Governadora Fátima Bezerra, para tomar pé da situação”, diz o ministro Ricardo Lewandowsk.
A situação que o ministro faz referência é a fuga misteriosa de Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, de 34 anos, da Penitenciária Federal de Mossoró-RN. Os dois são do Acre-AC, e estão em Mossoró desde 2023, quando lideraram rebelião violenta em seu estado.
O ministro disse que num primeiro mento trocou “uma ideia, não apenas com a governadora Fátima Bezerra, mas também com os prefeitos de Mossoró e Baraúna, deputados e autoridades da polícia federal e estadual que estão colaborando com as buscas”.
Sobre a crise gerada tanto política como administrativa dentro do Sistema Prisional Federal, composto por cinco presídios em regiões distintas do Brasil, o ministro classificou como dificuldade momentânea e ressaltou que será brevemente resolvida.
Tatu e Martelo, segundo as autoridades, estariam refugiados numa região de mata fechada, que compreende entre a RN 015 (Riacho Grande) e a Serra Mossoró (Rancho da Caça), inclusive, a dupla teria feito um casal refém perto do presídio que fugiram durante à noite de sexta-feira, 16, de onde fugiram com dois celulares e comida.
Nesta região, cerca de 300 policiais, usando drones, helicópteros e até cães farejadores, além de dezenas de viaturas, inclusive descaracterizadas, revistando quem entra e quem sai.
O ministro Lewandowski disse que veio “pessoalmente agradecer a colaboração das autoridades do Rio Grande do Norte e de estados vizinhos envolvidos diretamente nas buscas e elogiar o entrosamento das equipes nos esforços para recapturar os dois fugitivos.
O ministro Ricardo Lewandowsk diz que mais do que agradecer, está mostrando que o Brasil está unido no diálogo federativos. Ressalta que o Brasil é “um país que está cultivando as relações republicanas e o diálogo democrático. Por isto estamos aqui conversando com todo mundo e que em breve Haveremos de superar em breve esta situação adversa”, diz.
Voltou a falar das medidas, que serão definidas mais especificamente com os blocos técnicos.
1 - Ampliação do sistema de alarmes: O sistema de alarmes será ampliado para melhorar a segurança1.
2 - Reforço de agentes de segurança: Mais agentes de segurança serão adicionados para fortalecer a segurança nos presídios1.
3 - Aperfeiçoamento do sistema de entradas nos presídios: Será implementado um sistema de reconhecimento facial na entrada dos presídios1.
4 - Construção de muralhas: Muralhas serão construídas em todos os presídios federais1.
“A minha presença aqui é antes demais nada, que o governo Lula está presente, prestigiando o estado, as autoridades locais, para que nós resolvamos este problema que surgiu, que é um problema, tenho que dizer, não afeta hipótese nenhuma as cinco unidades principais federais, é que é um problema localizado e que será superado em breve com a colaboração e todos”.
Agenda do ministro
Após reunião na Polícia Federal, o ministro deve conhecer a Penitenciária Federal e sobrevoar a área que estão sendo realizados as buscas. No final da tarde, antes de partir, está sendo esperado uma entrevista coletiva do ministro Ricardo Lewandowski, fazendo um balanço do que viu sendo feito para estruturar o presídio, sobre a investigação e também as buscas.