A coluna Na Mira, do portal Metrópoles, divulgou, nesta terça-feira (20), que apurou com exclusividade uma informação que dá contra que os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Deisinho” ou “Tatu”, foram expulsos do Comando Vermelho (CV) e estão jurados de morte.
Segundo a reportagem, ambos pertenciam à facção até tentarem fugir do Presídio Antônio Amaro Alves (AC), em julho de 2023. A decretação das mortes partiu da liderança do CV no estado, justificada por suposta traição da dupla, que pretendia fundar a própria organização criminosa.
Informações levantadas pela investigação apontam que a dupla foi jurada de morte por ordem dos presos Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, atualmente custodiados na Penitenciária Federal de Mossoró.
Os dois detentos são apontados pelas autoridades do Acre como principais lideranças do CV no estado. “Nesse tipo de situação, para uma traição como a imputada a Rogério e Deibson, a punição definida é a morte”, relatou a fonte.
REBELIÃO
Em julho de 2023, uma rebelião que durou mais de 24 horas terminou com cinco detentos mortos no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves (AC), na capital acreana. Três dos detentos assassinados ainda foram decapitados.
A rebelião começou depois de presos do CV invadirem a ala de rivais das facções B13 e Primeiro Comando da Capital (PCC). Deibson e Rogério estariam ligados a essa rebelião e foram transferidos para o presídio federal em Mossoró após o massacre.
Na ocasião, eles também teriam tentado executar Railan e Selmir, os líderes do CV no Acre, para fundar uma nova facção. O plano acabou frustrado, e a dupla em fuga acabou expulsa da facção e jurada de morte.
SÉTIMO DIA DE BUSCAS
Nesta terça-feira (20), a caçada aos detentos chegou ao sétimo dia. Ao todo, 600 policiais estão engajados nas buscas, que se concentram em um raio de, aproximadamente, 15 km da penitenciária.
Nesta segunda (19), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou a atuação da Força Nacional, após pedido do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. A força-tarefa terá, assim, o reforço de 100 servidores e 20 carros da corporação.
A força-tarefa, composta por quadros das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar, busca vestígios dos detentos em um terreno formado por matas, zonas rurais e grutas. Até o momento, as pistas são poucas, como pegadas, roupas e restos de alimentos deixados pelo caminho.