Enquanto equipes bem treinadas faziam a transferência de 25 presos do Presídio Federal de Mossoró para o Presídio Federal de Catandubas, no Paraná, outras equipes com reforço de vários estados, intensificavam as buscas pelos fugitivos Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, de 35 anos, na zona rural de Baraúna-RN.
Nas últimas 12 horas, os policiais da Força Tarefa tomaram conhecimento que dois homens (possivelmente os fugitivos), invadiram um galpão e agrediram o proprietário. Queriam comida e celulares. Após este fato, os policiais se digiram ao local e reduziram o perímetro de buscas. Outra medida, foi fechar os acessos para trabalhadores rurais desta região.
O trabalho da Força Tarefa, composta por mais de 500 policiais, com apoio de helicópteros, dezenas de viaturas, motocicletas, drones e até cães farejadores, se concentra neste perímetro, que compreende entre os assentamentos Vila Nova e a Reserva Nacional da Furna Feia, onde mostramos que existe um aeroporto desativado com 2 km de pistas.
O trabalho dos policiais para localizar e recapturar os dois fugitivos assusta e irrita os moradores de dezenas de comunidades rurais da região, que antes da mobilização, viviam tranquilamente, sem qualquer movimento. Agora são obrigados a fechar as portas ao pô do sol e ficam assustados a noite toda, temendo a casa ser invadida pelos fugitivos.
Os policiais são cientes deste quadro e se alojam nas comunidades, buscando abrigo e também oferecendo segurança aos moradores. Em contato com a reportagem, alguns policiais se mostraram um pouco cansados e decepcionados, por não recapturarem os fugitivos. Os proprietários de áreas produtivas estão preocupados com a safra que precisam colherem.
Em Mossoró, já se começa a perguntar o custo desta operação mobilizando tanta estrutura, por 19 dias seguidos, sem sucesso. Já se especula em algo em torno de R$ 10 milhões gastos até agora com diárias, combustíveis, hospedagens, etc.