07 SET 2024 | ATUALIZADO 13:58
MOSSORÓ
Cezar Alves
14/07/2024 20:59
Atualizado
15/07/2024 06:47

Como Silas e Gledson se tornaram fruticultores no Assentamento Oziel

Contaram ao Mossoró Hoje que receberam apoio técnico através do Programa Mossoró Rural/SEBRAE e, com isto, conseguiram fechar contrato com a empresa Viva, para plantar, cultivar e colher melão amarelo no lote do assentamento Oziel, na Maísa. Silas Silva e José Gledson estão muito animados com a safra e já preparam ampliação da produção.
Contaram ao Mossoró Hoje que receberam apoio técnico através do Programa Mossoró Rural/SEBRAE e, com isto, conseguiram fechar contrato com a empresa Viva, para plantar, cultivar e colher melão amarelo no lote do assentamento Oziel, na Maísa. Silas Silva e José Gledson estão muito animados com a safra e já preparam ampliação da produção.
Foto: Pedro Cezar

A história dos jovens agricultores Silas Silva e José Gledson, do assentamento Oziel, da região da Maísa, que conseguiram entrarem no concorrido mercado da fruticultura irrigada.

Para entrar neste tipo de negócio, não basta já ter trabalhado no meio (Silas já trabalhou no setor por 12 anos) e nem ser graduado em Agronomia (Gledson é agrônomo).

Neste caso, ter experiência na produção e ser graduado em agronomia, ajuda, mas não é o suficiente. É preciso ter conhecimento de como se abre o negócio e o estrutura.

Foi onde entrou o Programa Mossoró Rural, da Prefeitura de Mossoró, que disponibilizou assessoria técnica especializada do SEBRAE, garantindo o primeiro passo da empresa.

Com a assessoria, Silas e Gledson abriram a empresa GS Agrícola e conseguiram o certificado sanitário da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Prefeitura de Mossoró.

Com a certificação e a garantia do apoio técnico do SEBRAE, a empresa compradora da safra (Viva) forneceu mudas de melão, mantas de proteção, sistema de irrigação e etc.

Silas e Gledson começaram com um hectare e meia, plantando melão amarelo. Já estão na segunda área, do mesmo tamanho e usando o mesmo formato.

Para garantir qualidade no melão, Silas e Gledson disseram que recebem a visita do técnico do SEBRAE 3 vezes por semana. “Existe todo um cuidado, para não haver erro”, explica.

A primeira safra, segundo José Gledson, deve ser colhida em 15 dias. Ele explica que a partir de 45 dias plantado, os frutos de melão começam a ficar doce, daí o cuidado com água, solo e sol.

Quem vai fazer a colheita é a empresa compradora, no caso, a Viva. “Estamos muito animados, com a expectativa de uma ótima safra”, destaca Silas Silva ao MOSSORÓ HOJE.

O plantio fica no lote do agricultor Silas Silva no assentamento Oziel. É mais um exemplo de que o homem do campo pode se desenvolver sozinho, bastando apenas apoio técnico.

De carvoeiro a produtor de polpa de frutas

O outro caso que destacamos, mostrando a família de Seu Fabiano e Dona Jacinta, do assentamento Favela, em Mossoró. Os dois faziam carvão para sobreviver e hoje produzem e beneficiam frutas, com certificação para negociar em qualquer ponto comercial no Brasil.

Os dois também se beneficiaram do compartilhamento de conhecimento por parte dos especialistas do SEBRAE, através da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, para instituir a empresa, plantar, colher, beneficiar e colocar no mercado.

Frutos do MOSSORÓ RURAL

O secretário Faviano Moreira, de Agricultura e Desenvolvimento Rural, observou que a empresa de Silas Silva em sociedade com José Gledson, a exemplo do caso de sucesso de Seu Fabiano e Dona Jacina, é fruto do Mossoró Rural, o qual conduz.

O Mossoró Rural foi criado em 2021, pela Prefeitura Municipal. Num primeiro momento, foi feito um levantamento nas 137 comunidades rurais de Mossoró, para descobrir os gargalos e também o que estava dando certo. Construir uma espécie de mapa.

Com esta informação preciosa obtida pelas universidades e instituições de estado, a Secretaria Municipal de Mossoró começou a criar políticas públicas voltadas para o homem do campo, além de investir em abastecimento, estradas, saúde e também educação.

Segundo Faviano Moreira, entre as políticas públicas, está exatamente criar mecanismo para o produtor rural consiga produzir mais, melhor e, assim, viver bem. É o caso de Seu Fabiano e Dona Jacinta, do Assentamento Favela, e de Silas Silva e o sócio José Gledson, do Oziel.

O secretário ressalta que existem vários projetos em andamento. Destaca o apoio aos produtores de mel de abelha e também o fortalecimento da cajucultura em Mossoró, com a distribuição de centenas de milhares de mudas para mais de 200 agricultores.

Mais de mil famílias beneficiadas

Frank Marinho, do SEBRAE, disse que somente em Mossoró o SEBRAE apoia mais ou menos mil famílias na zona rural, levando conhecimento e estruturação para suas produções, que vai de hortaliças a castanha de caju, passando por vários seguimentos da pecuária.


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