25 OUT 2024 | ATUALIZADO 18:32
POLÍCIA
ANNA PAULA BRITO
26/08/2024 22:33
Atualizado
26/08/2024 22:49

Comerciante que matou por conta de boatos sobre a “honra” da filha vai a júri 23 anos após o crime

José Veríssimo da Silva, hoje com 67 anos, será julgado nesta terça-feira (27), pelo homicídio de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, ocorrido em Mossoró, no ano de 2001. O réu, na época com 45 anos, matou a vítima por motivo torpe, movido por boatos de que ela teria tirado a virgindade da filha dele, uma menina de 13 anos. Um exame de conjunção carnal realizado pelo Itep provou que “Ném” era inocente e que a menina ainda era virgem. José não acreditou no laudo e chegou a alegar em depoimento que o perito havia sido comprado por Armando. Movido pela raiva, no dia 28 de agosto de 2001, ele foi até a casa da vítima e a matou com cerca de 5 tiros. O julgamento será realizado com 23 anos de atraso, em virtude de o réu ter passado todos esses anos foragido e ter sido capturado recentemente, no estado do Maranhão.
José Veríssimo da Silva, hoje com 67 anos, será julgado nesta terça-feira (27), pelo homicídio de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, ocorrido em Mossoró, no ano de 2001. O réu, na época com 45 anos, matou a vítima por motivo torpe, movido por boatos de que ela teria tirado a virgindade da filha dele, uma menina de 13 anos. Um exame de conjunção carnal realizado pelo Itep provou que “Ném” era inocente e que a menina ainda era virgem. José não acreditou no laudo e chegou a alegar em depoimento que o perito havia sido comprado por Armando. Movido pela raiva, no dia 28 de agosto de 2001, ele foi até a casa da vítima e a matou com cerca de 5 tiros. O julgamento será realizado com 23 anos de atraso, em virtude de o réu ter passado todos esses anos foragido e ter sido capturado recentemente, no estado do Maranhão.
FOTO: CEZAR ALVEZ/CAPA DO GAZETA DO OESTE

Um júri popular com 23 anos de atraso será realizado na manhã desta terça-feira (27), no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró.

José Veríssimo da Silva, hoje com 67 anos, será julgado nesta terça-feira (27), pelo homicídio de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, ocorrido em Mossoró, no ano de 2001.

O réu, na época com 45 anos, matou a vítima por motivo torpe, movido por boatos de que ela teria tirado a virgindade da filha dele, uma menina de 13 anos.

O motivo do atraso para que o réu fosse levado à justiça foi o fato de ele estar foragido desde a época do crime, tendo sido encontrado recentemente, no estado do Maranhão.

Nesta terça, a acusação, representando o Ministério Público do Rio Grande do Norte, será realizada pelo promotor Ítalo Moreira Martins, enquanto a defesa do réu ficará a cargo do advogado Leonardo de França Silva.

Em contato com a reportagem do MOSSORÓ HOJE, o promotor informou que irá pedir a condenação de Francisco pelo crime de homicídio qualificado, por motivação torpe.

Segundo o Dr. Ítalo Moreira, apesar da idade avançada do réu, não é justo que uma pessoa mate outra, confesse o crime, passe anos foragida e, depois de encontrada, não seja punida em virtude da idade.

O Júri está previsto para ser iniciado às 9h, sendo presidido pelo Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.

O CASO

De acordo com a denúncia, baseada no inquérito policial da época, no dia 28 de agosto de 2001, José Veríssimo da Silva, na época com 45 anos, foi até a casa de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, localizada no Alto de São Manoel, e desferiu 5 tiros contra ele, que morreu no local.

José chegou a comparecer na delegacia, dias depois onde foi ouvido pelo delegado Denis Carvalho. Ele alegou que conhecia a vítima há cerca de dois anos, visto que ela sempre bebia em seu bar, acompanhada de uma mulher, que seria sua amante.

Francisco contou que ouviu boatos de que Armando e a mulher estavam espalhando que Armando havia tirado a virgindade da filha de Francisco, uma adolescente que na época tinha 13 anos.

O réu foi até a delegacia e denunciou o caso como crime de estupro, tendo o delegado aberto uma investigação. A adolescente foi submetida a uma exame de conjunção carnaval, realizado pelo Itep, que deu resultado negativo, provando que a menina ainda era virgem.

Apesar das provas, Francisco não acreditou e chegou a alegar que o perito havia sido comprado por Armando e seguiu alegando que continuava ouvindo boatos sobre o suposto estupro.

Movido pela raiva, ele então foi até o mercado do vuco-vuco e comprou uma cartela com 8 munições de revólver. No dia 28 de agosto, foi até a casa de Armando para matá-lo.

No local, Francisco encontrou a esposa da vítima, se apresentou como Antônio e pediu que ela a chamasse. Quando Armando foi se aproximando, Francisco desferiu 5 tiros contra ele, que morreu no local.

Em seguida, o réu fugiu em uma motocicleta, foi até um bar no Bom Jesus, onde contou a populares que havia matado Armando e pediu que informasse aos seus familiares que iria fugir da cidade.

Fato que realmente aconteceu, permanecendo foragido por 23 anos.


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