Conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é um dos tipos mais comuns no Brasil. Dentro dessa categoria, o tipo “não melanoma” é o mais incidente entre todos os tumores malignos, representando 31% dos casos.
São estimados 220 mil novos casos por ano no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com o objetivo de reverter esse número, há dez anos foi criada a campanha Dezembro Laranja, voltada à conscientização e à prevenção do câncer de pele.
Aproveitando a iniciativa e a proximidade do verão, a dermatologista Livia Rodrigues, da rede de clínicas Meu Doutor Novamed (unidade de Santo André, em São Paulo), traz orientações importantes para os cuidados com a pele.
O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, formando camadas e originando diferentes tipos de câncer. A Drª Livia Rodrigues alerta para a importância de observar alterações de lesões cutâneas, popularmente chamadas de “pintas”, verificando se elas estão presentes desde a infância ou se surgiram recentemente.
“Isso vale para a pele e as unhas. Lesões com aspecto brilhante, translúcida, avermelhada ou acastanhada, lesões com crosta central e que sangram facilmente, lesões castanhas ou pretas com mudança na sua cor, textura e tamanho, e lesões que não cicatrizam, todos esses pontos merecem uma consulta com um especialista”, diz ela.
Já é sabido que o sol é o grande vilão do câncer de pele. Por isso, a dermatologista reforça os cuidados básicos a serem tomados:
* Evitar a exposição solar entre 10h e 16h;
* Não se queimar e evitar bronzeamento;
* Usar roupas protetoras e chapéus;
* Procurar sombra sempre que possível;
* Ter cuidado extra próximo a água, neve e areia;
* Aplicar filtros solares tópicos a cada duas horas;
* Utilizar óculos de sol com proteção contra Radiação Ultravioleta
Segundo a Drª Lívia Rodrigues, indivíduos com tons de pele mais escuros possuem maior proteção em relação ao câncer de pele devido à maior quantidade de melanina epidérmica.
A melanina oferece um FPS natural de cerca de 13,4 nos indivíduos negros e filtra duas vezes mais a radiação ultravioleta, se comparada aos indivíduos de pele mais clara (caucasianos).
No entanto, condições genéticas, como sardas, olhos claros, ter vitiligo e albinismo, também são consideradas fatores de risco: “Esses indivíduos têm pouca ou nenhuma quantidade de melanina o que os tornam mais suscetíveis a queimaduras e cânceres de pele”.
A dermatologista chama atenção para que estes cuidados sejam tomados durante todas as estações do ano, não apenas no verão.
“E valem para todas as idades, principalmente para bebês e crianças. Lembrando que o filtro solar só pode ser usado após o sexto mês de vida”, reforça a Drª Livia Rodrigues. Ela acrescenta: “Ir pelo menos uma vez ao ano ao dermatologista torna a proteção à pele ainda mais segura.”