O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte decidiu nesta quinta-feira, dia 30 de janeiro de 2025, decretar a prisão preventiva de Wendel Fagner Corte de Almeida, o Lagartixa, Francisco Rogério da Cruz, João Maria da Costa Peixoto, o João Grandão, e Roldão Ricardo dos Santos Neto, acusados de sêxtulo homicídio, sendo 3 consumados e 3 tentados.
No caso em questão, os acusados teriam participado diretamente de um sêxtuplo homicídio (chacina), sendo três consumados e três tentados, no início da tarde dia 29 de abril de 2022, no Bar do Turu, no bairro da Redinha, na zona Norte de Natal. O ataque, que durou 27 segundos, foi gravado pelas câmeras de segurança, que mostraram os assassinos usando máscaras.
Vítimas
Rommenigge Camilo dos Santos – Dono do Bar
Yago Lucena Ferreira – Ajudante de Cozinha
Felipe Antoniere Araújo – Servente de pedreiro
As decisões foram tomadas pela Câmara Criminal do TJRN, atendendo pleito do Ministério Público do Rio Grande do Norte. No caso, Lagartixa vai ser comunicado da decisão na prisão, onde já se encontra. O mesmo com relação a João Grandão. Já com relação a Francisco Rogério, a Justiça expediu a ordem para ele ser recolhido a prisão. Lagartixa e João Grandão responde a diversos outros processos, inclusive por extermínio.
O caso foi investigado pelo delegado Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa de Natal, através da Operação Aqueronte, que contou com a participação direta do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
O GAECO apontou ser necessária e urgente a prisão, sobretudo para fins de garantia da ordem pública, “ora plasmada na renitência delitiva, destruição de provas e fuga”.
Conforme a decisão, “não é possível se extrair prova induvidosa a respaldar desde logo a pauta defensiva, centrada na ideia de que no momento dos homicídios os recorridos se achavam noutro lugar, até porque, repito, os depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa se contrapõem com as imagens captadas e anexadas aos autos”.
O caso
A operação Aqueronte foi comandada pela equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que tem a frente o delegado Márcio Lemos. Segundo as investigações, o crime, que gerou três mortes, foi cometido sem que as vítimas pudessem se defender e numa ação típica de milícia privada ou grupo de extermínio, o que agrava a pena.
Ainda de acordo com as investigações, em 29 de abril de 2022, os denunciados chegaram no Bar Torú, encapuzados, armados com pistola e escopeta calibre .12., mataram o proprietário do estabelecimento, Rommenigge Camilo dos Santos, e outras duas pessoas, um ajudante de cozinha e um servente de pedreiro. O grupo denunciado deixou feridas mais três vítimas, o que configura o crime de homicídio tentado.