O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou nesta quinta-feira, 3, o andarilho Francisco Antônio de Melo Gonçalves, de 41 anos, por homicídio duplamente qualificado, que teve como vítima o empresário Christian Noronha Lopes dos Santos, de 47 anos.
Este crime ocorreu no local de trabalho da vítima, a Loja Esport, localizada na Rua Meire Sá, no Centro de Mossoró, por volta das 11h do dia 20 de março de 2025. Pernalonga, como é conhecido o acusado, chegou a loja pedindo dinheiro ao filho da vítima.
Christian Noronha percebeu os insultos de Pernalonga e saiu em defesa do filho, pedindo que se afastasse da loja. Depois de alguns insultos que partiram dos dois lados, Pernalonga usou uma ponta afiada de uma tesoura para furar Christian Noronha na altura do coração.
Antes de matar Cristian, existe vários depoimentos no processo que afirmam que Pernalonga ameaçou várias outras pessoas no Centro de Mossoró. Já vinha demonstrando a intenção de atacar qualquer um cidadão que transitasse pelo Centro da cidade.
A vítima foi levada em carro próprio para o Hospital Wilson Rosado, mas não resistiu ao ferimento. O acusado ficou pelo Centro de Mossoró e horas depois foi preso por populares na Praça da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro e entregue a Polícia Militar.
O corpo da vítima foi levado para exames na sede do Instituto Técnico-científico de Perícia ITEP. Pernalonga foi autuado em flagrante por homicídio duplamente qualificado pelo delegado Caio Fábio, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Mossoró.
Após ter sido autuado em flagrante, Pernalonga foi levado para exames de corpo delito no ITEP e depois encaminhado para a Cadeia Pública de Mossoró, para aguardar decisão posterior da Justiça. A Justiça confirmou o flagrante e decretou a prisão preventiva do suspeito.
Na tarde desta quinta-feira, 3, o promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins o denunciou por homicídio duplamente qualificado. Segundo o promotor, um crime hediondo, que, a depender de como os jurados podem ver o caso, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Com a denúncia do MPRN, o juiz presidente do caso deve enviar a agora para as considerações da defesa e seguida decidir se envia ou não para o caso ser julgado no Tribunal do Júri Popular, o que deve ocorrer ainda este ano, por se tratar de réu preso.
A vítima
O empresário Cristian Noronha deixa esposa e três filhos, sendo que dois do primeiro casamento e um do segundo casamento. Todos entrevistados pelo MH, informaram que se tratava de um cidadão de bem, esforçado no trabalho e para cuidar bem da família.