Um problema crônico, que há anos atinge a população mossoroense está próximo de ser resolvido. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que já foi empenhada a compra de três novos aparelhos de raios-x, substituindo os equipamentos atuais, que estão obsoletos e frenquetemente danificados. A aquisição só foi possível graças à economia de recursos viabilizada a partir do cancelamento do Carnaval na cidade.
De acordo com o secretário de Administração da Prefeitura de Mossoró, Marcos Fernandes, a nota de empenho já foi assinada e os aparelhos devem chegar ao município em até 60 dias. “O processo licitatório já estava concluído desde o ano passado, mas devido a problemas financeiras, somente agora foi possível concretizar a compra”, explica.
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Os três raios-x serão instalados, respectivamente, no Centro Clínico Professor Vingt-un Rosado (PAM do Bom Jardim) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Belo Horizonte e Santo Antônio, esse último com mais de 15 anos de uso. “São aparelhos complexos, fornecidos no Brasil pela Phillips, por isso demanda um certo tempo até chegarem a Mossoró”, detalha o secretário Marcos Fernandes.
Ainda de acordo com o Poder Executivo municipal, os equipamentos custaram aproximadamente R$ 550 mil. Para esse ano, a previsão de gastos com carnaval poderia se aproximar desse valor, somando toda a logística do evento (apoio a blocos, divulgação, plantões extras com Guardas e Agentes de Trânsito, entre outros), por isso, o prefeito Francisco José Júnior optou por cancelar os festejos e redirecionar os recursos.
Em 2015, a Prefeitura de Mossoró gastou aproximadamente R$ 800 mil com a programação e logística do Carnaval. Para esse ano, o chefe do Executivo já havia determinado uma redução de mais de 50% desse valor, em virtude da crise financeira agravada pela situação atual do país. Com a frustração cada vez maior das receitas, Francisco José Júnior determinou o cancelamento do evento.
“Nós sempre sentimos o valor da cultura, e vínhamos ampliando os investimentos no Carnaval. No ano passado, o Pingo da Meia Noite, por exemplo, foi um grande sucesso e importante economicamente para a cidade, mas em virtude da crise, já havíamos reduzido o valor orçamentário para esse não e em decorrência da continuidade da crise, a suspensão da festa foi inevitável, pois existem outras prioridades nesse momento, além desse tão importante e valioso bem que é a cultura”, conclui Francisco José Júnior.