21 SET 2024 | ATUALIZADO 18:26
POLÍCIA
Da redação
02/02/2016 10:10
Atualizado
13/12/2018 11:40

Veja o que diz o assassino do servidor do Banco do Brasil

Ele foi preso no bairro Costa e Silva, onde estava morando há pouco tempo numa casa alugada. Na delegacia, suspeito não demonstrou qualquer arrependimento.
Josemário Alves / MH

O suspeito de matar o prestador de serviços do Banco do Brasil, Antônio Augusto Neto, na manhã do último dia 22 de janeiro em Mossoró, foi preso nesta terça-feira (02) durante operação das delegacias especializadas em Furtos e Roubos (DEFUR) e Homicídios (DEHOM).

Leonan Marques da Silva, de 23 anos, foi preso em via público no bairro Costa e Silva, onde estava morando há pouco tempo numa casa alugada. Conduzido para a DEFUR, no Abolição IV, conforme os policiais, Leonan Marques não demonstrou qualquer arrependimento.

“Confessou e pronto. O cidadão foi que perdeu a vida”, lamenta o policial.

Segundo os agentes civis, a população ajudou a localizar, identificar a prender o suspeito, após o reconheceram em vídeo gravado no momento em que o crime acontece.

As imagens foram divulgadas pela própria polícia para ajudar nas investigações. Os agentes enalteceram a importância do cidadão de bem em informar à polícia autores de crimes.

Na delegacia, Leonan confessou o crime. Disse que matou para vingar o padrasto, que teria sido espancado pela vítima Antônio Augusto Neto “há uns tempos atrás”.



Para os policiais, ele está mentindo para não ser indiciado e denunciado por latrocínio (assalto seguido de morte) por que a pena deste tipo de crime (12 a 30 anos) é maior do que de homicídio, que vai de 6 a 20 anos, segundo o Código Penal Brasileiro.

Ainda durante depoimento, o suspeito disse que levou a moto da vítima apenas para fugir (sair de pinote) e, que a abandonou numa área isolada perto do lixão (aterro sanitário da BR 110). Disse também que jogou a arma do crime na lagoa de captação do Vingt Rosado.

Para os agentes, esta é outra história inventada pelo suspeito, comum entre bandidos com nível de frieza elevada e conhecimento do código penal do período que esteve preso.

“É claro que ele não jogou a arma fora”, diz um dos agentes que prendeu o suspeito. Para o policial, a arma pode está escondida na casa ou perto de casa para ser usada em outros crimes posteriormente.

O MOSSORÓ HOJE tentou ouvir a versão de Leonan, mas ele se recusou, alegando que já tinha revelado tudo a polícia. Enquanto dizia que não queria falar com a imprensa, Leonan insistiu com os policiais por três vezes para pegar seu documento de identidade que estava em cima da mesa do escrivão, junto com papeis do inquérito, mas foi repreendido por um dos agentes, que disse que ele estava preso e não podia ficar com tanta folga.

Enquanto prestava depoimento, pelo menos três agentes ficaram de guarda para o preso não fugir. Durante todo o tempo, os agentes tiveram o cuidado de mantê-lo algemado.

O suspeito cumpre pena em regime aberto (condicional) por tráfico de drogas em Mossoró e responde a outros dois processos também por tráfico de drogas na Comarca de Areia Branca.

Com a prisão e confissão, Leonan perde a liberdade condicional concedida pela Justiça no dia 10 de outubro de 2015 e retorna à Penitenciária Agrícola Mário Negócio, onde cumprirá o restante da pena no regime fechado e aguardará julgamento por este crime contra o prestador de serviços do Banco do Brasil e também dos outros dois processos por tráfico de drogas.

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