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POLÍCIA
Da redação
10/02/2016 07:32
Atualizado
13/12/2018 13:09

Ex-pastor será julgado em março pela morte de F. Gomes

Gilson Neudo, que também responde por tráfico de drogas, teria sido o responsável por arrecadar dinheiro do "consórcio" para custear a morte do jornalista em Caicó

O ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral, denunciado pelo Ministério Público Estadual de fazer parte do consórcio criminoso que matou o jornalista Francisco Gomes de Medeiros, conhecido por F. Gomes, no dia 18 de outubro de 2010, deve ir a julgamento no dia 16 de março deste ano. A informação foi confirmada pela Justiça de Caicó.

O julgamento está previsto para acontecer no salão do Tribunal do Júri Popular do Fórum Amaro Cavalcante, no Centro de Caicó. O réu, que também tem envolvimento com traficantes, aguarda julgamento preso na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó.

A Polícia Civil chegou à conclusão da participação efetiva do Pastor Gilson no crime. Ele possuía ligações estreitas com o Gordo da Rodoviária e com o advogado Rivaldo e inclusive teria ficado incomodado com as denúncias de alto interesse público levadas ao ar por F. Gomes.

Por ter sido preso, Pastor Gilson ingressou com várias ações exigindo danos morais, tanto da rádio onde F. Gomes trabalhava, como dos jornais que noticiaram o fato e o Estado, pois alega ter sido preso injustamente, mesmo tendo sido preso em flagrante com drogas.

Segundo Lailson, antes de planejarem a morte do radialista, Pastor e Rivaldo teriam planejado envenenar todos os funcionários da Rádio, como vingança. O pastor teria sido o arrecadador do dinheiro entre os “consorciados” para custear a execução de F. Gomes.

Outros réus do processo estão presos e alguns aguardam julgamento em liberdade. É o caso do advogado Rivaldo Dantas de Farias.

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O ex-pastor Gilson recebeu voz de prisão no dia 19 de março de 2012. No dia 08 de maio, também de 2012, a Delegada Sheila Maria Freitas, então titular da Deicor, que também investigou caso, disse que segundo Lailson Lopes em um de seus depoimentos, o dinheiro arrecadado pelo pastor para bancar o crime foi retirado da Igreja onde ele era pastor.

No julgamento previsto par ao dia 16 de março, o promotor de justiça Carlos Henrique Harper Cox, da cidade de Assu, está previamente acertado de atuar em defesa da sociedade. Ele foi designado pela Procuradoria Geral de Justiça, depois da desistência de Geraldo Rufino de Araújo Júnior, para atuar no caso.

A sessão deverá ser presidida pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça. O defensor Público, Serjano Marcos Torquato Vale, deve atuar na defesa do réu.


Elefante Branco

No ano de 2013, Gilson Neudo, estando recolhido no Presídio de Pau dos Ferros, recebeu voz de prisão por parte da Polícia Civil que desencadeou a Operação Elefante Branco de combate ao tráfico de drogas. De acordo com a investigação, um grupo grande de pessoas estava traficante nas regiões Oeste e Seridó do Rio Grande do Norte e no estado do Ceará.

O preso Gilson Neudo, de dentro do Complexo Penitenciário de Pau dos Ferros, adquiria drogas de Alcimar Salviano de Araújo (que na época era custodiado em Natal) e repassava para vários varejistas da cidade e no Seridó.

Sobre esse processo da Operação Elefante Branco, os réus ainda esperam por sua conclusão. O Mossoró Hoje apurou que o processo está aguardando as alegações finais por parte da defesa.

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